Moro pede a hospital que informe sobre visitas
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância em Curitiba, atendeu nesta segunda-feira a um pedido da defesa do empresário Glaucos da Costamarques e determinou ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que disponibilize informações que possam corroborar a versão de Costamarques sobre os recibos de aluguel apresentados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um processo da Lava Jato.
Segundo Costamarques, dono de um apartamento vizinho ao
de Lula em São Bernardo do Campo (SP), locado ao petista, o aluguel não foi
pago entre fevereiro de 2011 e outubro de 2015. O Ministério Público Federal
sustenta que o imóvel, uma cobertura, foi comprado a Lula pela Odebrecht, transação em que o
empresário teria sido usado como “laranja”. Ambos estão entre os réus na ação
penal que apura a compra do apartamento e de um prédio, que serviria de sede ao
Instituto Lula e também teria sido pago pela empreiteira.
Para comprovar que o apartamento não pertence ao
ex-presidente e que o aluguel foi pago, os advogados do petista apresentaram a
Sergio Moro na semana passada o
contrato de locação, assinado em 2 de fevereiro de 2011, e 26 recibos de
aluguéis assinados pelo empresário, entre agosto de 2011 e dezembro de 2015.
Glaucos da Costamarques alega que os recibos foram assinados enquanto esteve
internado no Sírio-Libanês para uma cirurgia cardíaca, entre novembro e
dezembro de 2015. Os comprovantes teriam sido levados a ele no hospital pelo
advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, e o contador João Leite.
Com VEJA
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