“Janot é o PGR mais desqualificado da história”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes disse nesta segunda-feira (7) que considera o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, desqualificado e sem preparo jurídico nem emocional.
"Quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral
mais desqualificado que já passou pela história da Procuradoria. Porque ele não
tem condições, na verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir
algum órgão dessa importância", avaliou o ministro em entrevista à Rádio
Gaúcha.
A declaração foi dada em meio a questionamentos sobre o
trabalho da Operação Lava Jato, da atuação da Procuradoria-Geral da República
(PGR) e do STF. Mendes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), critica as delações premiadas.
Na entrevista, o ministro disse acreditar que o que foi
firmado com os executivos da JBS, que embasou denúncia por corrupção contra o
presidente Michel Temer, será revisto.
"Tenho absoluta certeza de que o será. Como agora a
Polícia Federal acaba de pedir a reavaliação do caso do Sérgio Machado, que é
um desses casos escandalosos de acordo.
Certamente vai ser suscitado em algum processo e será
reavaliado", complementou.
O relator das delações premiadas de executivos da JBS no
STF é o ministro Luiz Edson Fachin.
Os donos da empresa, Joesley e Wesley Batista, além do
executivo Ricardo Saud e outros funcionários da JBS, fecharam acordo de delação
premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato. As delações
foram homologadas por Fachin e o conteúdo, divulgado no
mês de maio.
No fim do mês de junho, o STF decidiu
manter Fachin na relatoria dos processos da JBS e aprovar a
homologação da delação premiada dos executivos da empresa pelo ministro
monocraticamente, sem a participação dos outros ministros da Corte.
Mendes concordou com a manutenção de Fachin, mas defendeu
que o Ministério Público não pode ter todo o poder sobre o acordo de delação
premiada. Segundo ele, a homologação deve ser feita pelo colegiado de
ministros.
Ainda na entrevista à Gaúcha, Gilmar Mendes disse que
considera a Lava Jato importante. Porém, acrescenta que podem ocorrer
equívocos.
Agência Globo
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