terça-feira, 6 de junho de 2017

➤OPINIÃO

Desempregado faz greve?


Foto feita durante a última manifestação organizada pelas Centrais Sindicais. Esse vândalo, seria um trabalhador?
O Brasil tem, atualmente, 14 milhões de pessoas desempregadas. São chefes de família, pais de crianças que precisam de estudo, de atendimento médico, de alimentação. Só que quem tinha que estar trabalhando, esta desempregado, ou seja, não tem dinheiro para manter um mínimo de dignidade.

Ontem assisti, na televisão, o presidente do movimento dos sem teto, dos que não tem casa, ou não teriam, para morar. Uma pessoa bem vestida, bem alimentada, bem falante, mas que silenciou durante os governos petistas e voltou a discursar e participar de movimentos depois que sua candidata foi tirada do poder, juntamente com seu partido.

O cidadão em questão, além de certamente  ter uma renda significante, vinda não se sabe de onde, deve morar numa boa casa, oferecer estudo de qualidade para seus filhos, atendimento médico e alimentação de primeira.

O presidente do MTST deve ser um dos organizadores da Greve Geral marcada pelas Centrais Sindicais para o dia 30 de junho, casualmente uma sexta-feira, dia útil, dia de trabalhador estar cumprindo suas obrigações que resultam no salário mensal que recebem. Com ele, CUT, Força Sindical, MST (se bem que no MST ninguém trabalha) Cpers, UNE, Sindbancários, Metroviários e tantos outros iguais. Tudo gente que deveria estar cumprindo horário e agradecendo por ter um emprego, coisa que 14 milhões de brasileiros não tem. Mas não importa, o importante é ser contra o governo, pregar o não cumprimento da Constituição e tumultuar a vida de quem quer ser normal.

Queira Deus que mais uma greve oportunista de quem não faz nada para resolver o problema do desemprego no Brasil, só pensa em derrubar governos, que não os seus, fazer feriadão, não acabe como normalmente tem acabado, em depredação, incêndios, feridos, tudo, segundo eles, por culpa da Polícia Militar.

O que mais me preocupa, é saber o que farão os 14 milhões de desempregados. Será que participarão da mobilização criada exatamente para infernizar a vida dos que trabalham, ou que querem trabalhar? Chega ser de um surrealismo impressionante propor, organizar e fazer uma greve geral num país onde tanta gente não tem emprego e os sindicatos, muito antes de lutar por conseguir empregos para quem lhes sustenta, pensam única e exclusivamente em derrubar governos e exigir que não se cumpra a Constituição.

Se tivessem força, os 14 milhões deveriam se contrapor ao que sugerem os sindicatos que não fazem nada por eles, mas que terão dinheiro para pagar transporte, carros de som, lanches e camisetas a seus sindicalistas profissionais.

Os 14 milhões de desempregados não significam nada para os sindicatos! Eles não fazem greve, simplesmente por não terem emprego!
Machado Filho - Jornalista

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