quinta-feira, 13 de abril de 2017

➤OPINIÃO

O Lula e o PT de hoje

O PT, que se dizia um partido diferenciado, nada mais é do que 
exatamente igual, ou pior, do que todos os outros. No mínimo, todos estão envolvidos nos mesmos problemas,na mesma corrupção. 

Machado Filho

Por mais de 30 anos escutei, li, assisti, petistas afirmando que o PT era um partido diferenciado. Falavam que existiam os partidos tradicionais e o PT, simplesmente na tentativa de mostrar que o Partido dos Trabalhadores era diferente das agremiações tradicionais. Batiam no peito, os petistas,  gritando que eram transparentes, honestos e incorruptíveis. Andavam pelas ruas, orgulhosos, com a bandeira vermelha no ombro.


Lula foi um operário, um metalúrgico que, muito cedo, parou de trabalhar por ter perdido o dedo mínimo da mão esquerda, o que lhe gerou uma aposentadoria. Foi a abertura da porta para que se dedicasse a seu trabalho preferido: a luta política.

Bom orador, convincente, falando o linguajar de seus ouvintes, a maioria metalúrgicos como ele, foi se transformando em liderança no setor. Daí para ser um líder nacional, foi um passo. Não tardou e ele estava no comando de milhões de cabeças brasileiras.

Candidato à presidente do Brasil, Lula foi se transformando no porta-voz dos pobres, mas principalmente dos intelectuais (pseudos?) que viam no homem quase sem cultura, mas extremamente esperto, a figura que passaria ao povo aquilo que pensavam e não tinham coragem de dizer. Lula, aos poucos, foi se transformando em ídolo da classe dita cultural e, na sua até então ingenuidade, foi se apoderando da força que estes transmitiam a ele e seus seguidores. O PT e Lula cresciam rapidamente.

Quando chegou ao poder, apoiado por milhões de brasileiros que acreditaram em seus discursos, em sua fala, quem sabe propositalmente, repleta de erros de português, de falta de concordância, foi logo cimentando sua tendência natural de populista que desejava manter o poder não se sabe por quanto tempo. Indefinidamente, pode ser.

Aos poucos Lula foi mostrando as unhas, adorando as delícias do poder e se cercando de gente que, assim como ele, saciava a sede de busca pelo dinheiro fácil, da opulência, sem se preocupar com os que viviam miseravelmente, mas não deixando de defende-los sempre que possível. Um jogo de cena para que pensassem que os pobres eram realmente o que preocupava Lula.

Lembro que Lula, quando foi candidato pela primeira ou segunda vez, não tinha casa onde morar. Sua família ocupava um apartamento, se não estou enganado, emprestado por um amigo. Um operário pobre que, na luta por ser maior, contava com o apoio de outros que, como se descobriu , faziam tão somente um investimento em alguém que abriria portas mais tarde.


Lula no poder, descobriu a maneira fácil de enriquecer. E foi o que fez, ao lado de companheiros fiéis, alguns, outros nem tanto, mas que, como ele, viram na presidência da República, o caminho aberto para a riqueza. E não tiveram nenhum escrúpulo, nenhum tipo de decência para enveredar pela estrada larga da corrupção, das contas no exterior, da lavagem de dinheiro, da falcatrua e do roubo oficial.

Já ostentando ares de milionário, Lula fez Dilma Rousseff sua sucessora e ficou com o tempo livre para desfrutar do que havia juntado e buscar mais. Foi com a liberdade que só é desfrutada por quem tem muito tempo para pensar sem se preocupar com problemas, que Lula criou a farsa das palestras, do Instituto que serviu de fachada para suas engenhosas tramoias e da insistente tentativa de manutenção do poder.

Hoje, quando se escancara toda a corrupção institucionalizada pelo partido que criou, o PT, nos deparamos com, quem sabe, o verdadeiro Lula, o homem que não exitou em mentir, em continuar mentindo, em enganar os que acreditavam, e muitos ainda acreditam, que ele é um defensor dos pobres, dos miseráveis. Para estes, Lula e seus asseclas criaram programas tipo Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida que nada mais são do que engenhosas artimanhas para buscar votos e manter o projeto de poder do PT.

O verdadeiro Lula, diferentemente daquele que ocupava palanques para comandar a cabeça de metalúrgicos, usado por intelectuais como porta voz de seus interesses, se desnudou perante a opinião pública. O Lula de hoje, milionário e aproveitador, jamais conseguirá explicar a amante Rosemari, que conseguiu fazer desaparecer do noticiário, o triplex em Guarujá, o sítio em Atibaia, a fortuna de seus filhos e a prisão de seus principais articuladores petistas. 


Lula e o PT, hoje, são o exemplo de como não se faz política, de como não se consegue passar o tempo todo roubando dinheiro público, de como implantar a corrupção, a desonestidade e a mentira.

Os que teimam em acreditar neles, são resquícios daqueles que pensavam que o verdadeiro ideal de Lula e do PT era criar um partido diferenciado dos demais. Criaram, isto sim, um partido tão igual ou muito pior dos que os tradicionais, tanto que o maior número de presos e indiciados na Operação lava Jato, são petistas, provando que moral, para eles, é coisa para se colocar da boca para fora, não para exercer. Os petistas do começo da história do partido, esconderam as bandeiras e já não desfilam com elas nos ombros, quem sabe por vergonha.

O Lula e o PT de hoje, são extremamente diferentes do Lula e do PT de ontem. Ou não?

Nenhum comentário:

Postar um comentário