Fachin diz que foro privilegiado é incompatível com o princípio republicano
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 17, ter posição contrária ao
foro privilegiado. Ele acrescentou que o Supremo deve debater o alcance do
benefício, conforme proposto pelo ministro Luís Roberto Barroso. "Eu,
já de há muito tempo, tenho subscrito uma visão crítica do chamado foro
privilegiado por entendê-lo incompatível com o princípio republicano, que
é o programa normativo que está na base da Constituição brasileira", disse
à imprensa, após mediar uma palestra do ministro da Corte Suprema de Justiça da
Argentina, Ricardo Lorenzetti, no STF.
A Constituição Federal, no artigo 102, alínea B, diz que
compete ao Supremo processar e julgar, nas infrações penais comuns, o
presidente da República, o vice-presidente, os membros do Congresso Nacional, o
procurador-geral da República e os próprios ministros do STF. Barroso
defendeu que o STF limite o foro privilegiado a casos relacionados a acusações
por crimes cometidos durante e em razão do exercício do cargo. Afirmando que
"o sistema é feito para não funcionar" e que o foro por prerrogativa
de função "se
tornou uma perversão da Justiça", ele decidiu levar a discussão
para o plenário a fim de que seja fixado um entendimento. Fachin comentou
que o Supremo vai discutir a questão.
Governo envia ao
Congresso projeto para eliminar multa extra em demissão
O presidente Michel Temer encaminhou ao Congresso
Nacional projeto de lei que altera a Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de
2001, para eliminar gradualmente a multa adicional da contribuição social
devida pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa. A
mensagem de envio da matéria está publicada no Diário Oficial da União (DOU)
desta sexta-feira.
Conforme o governo divulgou em dezembro, a intenção é
promover uma redução gradativa da multa de 10% do FGTS que as empresas são
obrigadas a pagar em casos de demissão sem justa causa. Isso para que não haja
impactos no fundo. A proposta divulgada em dezembro previa corte de um ponto
porcentual por ano, durante dez anos. Com isso, segundo o governo, a medida
ajuda a diminuir os custos indiretos dos empresários, o que terá efeito
positivo sobre o caixa das empresas.
PSOL recorre no
Supremo contra decisão que manteve Moreira Franco ministro
O PSOL entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal
(STF) pedindo que seja reconsiderada a decisão do ministro Celso de Mello, do
Supremo, que
garantiu o cargo de ministro a Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da
Presidência.
Os advogados do partido insistem que a indicação de
Moreira Franco ao cargo de ministro configura desvio de finalidade. Na
terça-feira, 14, Celso de Mello rejeitou este argumento, ao indeferir pedidos
feitos pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade. No agravo regimental (o tipo de
recurso utilizado), o PSOL diz também que houve violação ao princípio da
moralidade, argumento que não havia utilizado.
Governo libera R$
13,8 milhões para vacinação contra febre amarela
O Ministério da Saúde liberou hoje (17) R$ 13,8 milhões
para intensificar a vacinação contra febre amarela na população de cinco
estados. A portaria estabelecendo o repasse foi publicada no Diário Oficial da União.
Os estados contemplados são: Bahia, com R$ 394.206,95;
Espírito Santo, R$ 1.679.188,70; Minas Gerais, R$ 8.905.638,32; Rio de Janeiro,
R$ 921.970,26; e São Paulo, R$ 1.929.081,68.
Os recursos foram definidos a partir da estimativa da
população a ser vacinada em cada localidade e serão transferidos para os fundos
de saúde dos estados e municípios, em parcela única.
Segundo o Ministério da Saúde, a verba liberada hoje faz
parte dos R$ 40 milhões que serão destinados às cidades mais afetadas pela
febre amarela no país. A pasta também adiantará mais R$ 26,3 milhões que
representam 40% dos recursos de vigilância em saúde. Os valores deverão ser
aplicados em ações de prevenção na área de vigilância para a febre amarela.
Na última terça-feira (14), o governo federal também disponibilizou R$ 7,4 milhões para a assistência a pacientes com
febre amarela em Minas Gerais, para cobrir despesas emergenciais por três
meses.
Horário de verão
termina no próximo domingo
Os brasileiros que vivem em dez estados brasileiros e no
Distrito Federal deverão ficar atentos ao relógio neste final de semana. Daqui
a dois dias, acaba o horário brasileiro de verão, por isso, será necessário
atrasar o relógio em uma hora a partir da zero hora de domingo. Os estados
atingidos pela mudança são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São
Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, além do Distrito Federal.
O período de vigência do horário de verão está
determinado no decreto nº 6.558 de 2008, com início sempre no terceiro domingo
do mês de outubro e encerrando no terceiro domingo de fevereiro do ano
subsequente, exceto quando o terceiro domingo de fevereiro coincide com o
domingo de Carnaval – nesta ocasião, o horário de verão se encerra no domingo
seguinte.
A previsão do governo é que o horário de verão deste ano
resulte em uma economia de R$ 147,5 milhões, por causa da redução do uso de
energia de termelétricas. No ano passado, a adoção do horário de verão
possibilitou uma economia de R$ 162 milhões.
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