Estamos em guerra?
Se não estamos, pelo menos estamos sobrevivendo como se estivéssemos.
Só no final de semana, 42 pessoas foram assassinadas ou morreram vítimas do
trânsito ou afogadas. Assassinatos foram 34 no Rio Grande do Sul.
Não tenho os números exatos, mas ouvi dizer que no
Iraque, em plena guerra, morreram menos pessoas do que aqui. Dá para acreditar?
A violência é um mal que tomou conta do Rio Grande do
Sul, assim como do Brasil, e parece ser de difícil ou impossível solução. Hoje
se mata uma pessoa por qualquer motivo ou, o que é pior, até sem motivos. Dos
34 que foram assassinados no final de semana no RS, muitos foram executados por
gangues rivais, por desavenças no tráfico de drogas ou em tentativas de roubo.
Até quando teremos que conviver com algo crescente como a
violência. E não estou culpando a atual administração ou o atual secretário de
segurança. A violência tomou conta do Brasil e matar ou morrer é uma
questão de estatística.
Entre a noite de sexta-feira e o final da tarde de
domingo, sete pessoas foram assassinadas em Porto Alegre. Se contabilizarmos os
mortos na Região Metropolitana, foram mais 19. Não é um absurdo? Li nos jornais
que neste final de semana, a cada duas horas uma pessoa foi assassinada. A
violência urbana é uma realidade em todos os bairros da Capital. Uns mais, outros
menos, mas todos são perigosos e os bandidos não escolhem mais um
local específico para matar. Onde estiver o que chamam de inimigo, matam, sem
dó nem piedade.
No trânsito, motoristas embriagados ou dirigindo em
altíssima velocidade, matam pessoas indefesas até sobre calçadas. Não há
limites!
No mar ou em banhos de rio no interior do Estado, pessoas
morrem ao procurarem diversão para o final de semana.
O que mais os jornais e rádios falam na segunda-feira, é
sobre execuções, mortes violentas, assassinatos por toda a parte. Até quando?
Os presídios estão lotados, as condições são as piores possíveis,
o tráfico de drogas aumenta vertiginosamente, tudo gerando uma violência nunca
vista. Ao mesmo tempo, é muito difícil prever a construção de novas casas
penitenciárias que, se construídas, logo estarão superlotadas, gerando mais
criminosos.
Sei que nós, comunicadores, temos uma certa obrigação de,
pelo menos, sugerir uma solução que ajude a terminar com a violência, mas pelo
menos no meu caso, confesso que me sinto impotente diante de tanta violência.
Assim como a maioria, obrigatoriamente tenho que me preocupar muito mais com a
segurança da minha família e com a minha. Andar pelas ruas de Porto Alegre, de
carro, condução ou a pé, é um exercício de extrema coragem. Em cada quadra da
cidade pode estar um assassino, um marginal esperando para matar, muitas vezes
para levar um boné, um tênis ou um celular.
É triste, mas é verdade, estamos vivendo
como se estivéssemos em guerra, verdadeiros combatentes urbanos!
Tenham todos um Bom Dia!
Tenham todos um Bom Dia!
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