Trump bate boca com repórter
Donald fez um estreia digna de Trump. Nesta quarta-feira,
em Nova York, logo na primeira entrevista coletiva depois de ter sido eleito
presidente dos Estados Unidos, o republicano bateu boca com um jornalista da
CNN. Trump acusou a emissora de o perseguir e não fazer direito o trabalho
jornalístico ao divulgar o relatório de inteligência indicando que a Rússia
teria materiais comprometedores contra o presidente
eleito. Jim Acosta, jornalista da rede, tomou a palavra e, gritando, disse
que sua emissora estava sendo atacada e ele exigia seu direito de resposta.
Trump mandou-o se comportar.
No final da entrevista, Trump ainda fez uma piada
referindo-se ao seu antigo programa de TV, “O Aprendiz”: “Você está despedido”,
disse o presidente eleito ao jornalista. Trump disse também que acredita
que a Rússia possa estar por trás de ciberataques contra os Estados Unidos. O
republicano anunciou ainda que entregará a gerência de suas empresas para os
filhos, Donald Jr. e Eric Trump, para evitar conflitos de interesse.
Hackers russos — “Eu acho que foi a Rússia,
mas acho que também somos hackeados por outros países, outras pessoas”, disse o
republicano, mudando sua posição anterior em relação aos ataques, que
resultaram na invasão de servidores do Partido Democrata. Segundo Trump, porém,
os vazamentos poderiam ter sido evitados por melhores sistemas de segurança do
partido.
Relação com Putin — Questionado sobre sua relação
com o presidente russo, Trump respondeu: “Eu não sei se vou me dar bem com
Vladimir Putin. Eu gostaria, mas não sei”. “Vocês honestamente acreditam que
Hillary seria mais dura com Putin do que eu? Alguém realmente acredita nisso?”,
acrescentou.
Obamacare — Sobre o Obamacare, o programa
de saúde implantado por Obama, ele voltou a falar que o projeto “é um desastre
total”, que “aumentou em até 100% os gastos com a saúde em alguns estados”. A
informação, no entanto, não é real. “A Lei de Acesso à Saúde (conhecida
como Obamacare) elevou em 20 milhões de adultos e 3 milhões de crianças o
número de americanos que contam com cobertura de saúde. Os custos da saúde
também vêm crescendo muito mais devagar, desde que a lei entrou em vigor, se
comparados às tendências americanas anteriores à sua aprovação”, escreve o
colunista do Financial Times, Martin Wolf.
Com Portal VEJA
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