quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

➤BOM DIA!

A brutalidade em Manaus

O mundo inteiro está repercutindo negativamente diante da brutalidade acontecida durante o motim de presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus. Foram 56 assassinatos, incluindo decapitações, esquartejamentos e corpos queimados.

Ressalte-se que o complexo penitenciário é administrado por uma empresa terceirizada, a Umanizzare, que gasta todos os meses, com cada preso, praticamente o equivalente a um salário (benefício) pago a quem se aposentada pelo teto, ou seja, para quem trabalhou e contribui praticamente por toda a vida para o INSS.

Assistindo ao Jornal Nacional, fiquei sabendo que , mesmo alertadas pela empresa que administra o Anísio Jobim, as autoridades da Administração Penitenciária da Amazônia, ignoram o comunicado de roubos de barras de ferro do telhado da penitenciária e ainda autorizaram visitas de familiares durante as festas de final de ano. Muitas visitas, inclusive, pernoitaram no interior do presídio. Sem dúvidas, uma contribuição importante das autoridades de segurança para o motim e a matança de presos  começou entre domingo e segunda-feira (2).

Faço questão de reproduzir o material publicado no Portal G1, detalhando o que foi apurado pelo Jornal Nacional. É de abismar!

Administradora de presídio no AM alertou
secretaria de risco de visitas no fim do ano

Documentos obtidos pelo 'Jornal Nacional' mostram avisos da empresa para secretaria. Rebelião em complexo penitenciário de Manaus teve 56 mortos.
Documentos obtidos pelo 'Jornal Nacional' mostram que, antes da rebelião, a empresa Umanizzare, que administra o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), alertou o secretário de Administração Penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho, dos riscos de se permitir visitas no fim do ano aos presos.
O motim na unidade ocorreu entre domingo de segunda-feira (2), durou 17 horas e terminou com 56 presos mortos e 180 foragidos.

O governo estadual havia permitido que cada um dos mais de 1,2 mil presos pudessem receber ao menos um acompanhante no Natal e no Ano Novo. No dia 27 de dezembro, quatro dias antes da rebelião, a empresa ainda pediu providências imediatas porque, no dia 24, com autorização da secretaria do governo, os horários de visitas não foram respeitados, o que prejudicou a revista de celas e a contagem de presos.

No dia 30, a empresa mandou um novo ofício para o secretário pedindo novamente providências porque os presos tinham retirado do telhado sete barras de ferros de seis metros de comprimento cada uma. Material semelhante tinha sido usado em uma tentativa de fuga recente. A empresa pedia uma revista com escolta armada para recuperar as barras de ferro. O objetivo era desmobilizar os presos que poderiam fugir. Mas a rebelião aconteceu dois dias depois.

O secretário Pedro Florêncio Filho admitiu ao Jornal Nacional que autorizou as visitas de fim de ano aos presos do Compaj, permitindo o pernoite das familias, mas disse que não sabia do ofício da administradora sobre os possíveis riscos porque estava fora da cidade quando o documento foi enviado.

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