Pente-fino cancela
469 mil contratos do Bolsa Família
Um pente-fino realizado a partir de um grande cruzamento
de dados levou o governo federal a cancelar 469 mil contratos do Bolsa Família
por subdeclaração de renda. Por suspeita do mesmo motivo, outros 654 mil
tiveram o benefício bloqueado. O impacto econômico estimado, parte já
para a folha de novembro, deve ficar em R$ 2,4 bilhões ao ano. Os dados foram
apresentados nesta segunda-feira, 7, pelo Ministério do Desenvolvimento Social
e Agrário, com base em estudos realizados nos últimos 4 meses. Cerca de 1,4
milhão de famílias serão convocadas para averiguação cadastral. O benefício foi
bloqueado a cerca de 13 mil famílias identificadas, em prestações de contas,
como doadoras à campanha eleitoral deste ano. Os municípios com maior número
relativo de benefícios cancelados são Treviso (SC), Picada Café (RS) e Vargem
Bonita (SC). As cidades que mais tiveram contratos bloqueados também são do
Sul: Lacerdópolis (SC), Montauri (RS) e Poço das Antas (RS).
Com escolas
desocupadas, alunos voltam às salas de aulas no Paraná
Para muitos estudantes do Paraná, esta segunda-feira (7)
foi de recomeço. Até esta manhã, 776 escolas já tinham sido desocupadas no
Paraná, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed).As desocupações
começaram no dia 24 de outubro. Ainda conforme a Seed, 55 escolas seguem
ocupadas em todo o estado. Já de acordo
com o Ocupa Paraná, movimento que coordena as ocupações no Paraná, 190 colégios
ainda permanecem ocupados. Agora, os colégios devem se reorganizar para repor
as aulas perdidas e, assim, cumprir o calendário escolar. Teve gente que
esperou muito para voltar à escola, para rever os amigos, para estudar.
MEC vai pedir que
AGU mova ações contra prejuízo de R$ 15 milhões por Enem adiado
O ministério da Educação (MEC) diz que vai solicitar que
o governo federal acione na Justiça entidades estudantis para que elas paguem a
despesa extra provocada pelo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ocupação nas escolas
provocou transtorno para 271 mil inscritos que não puderam fazer as provas do
Enem e que agora vão ter pela frente mais um mês de expectativa até a
realização do novo exame, marcado para os dias 3 e 4 de dezembro. Ao todo,
segundo o Inep, as provas não puderam ser aplicadas em 405 locais ocupados em
21 estados e no Distrito Federal. O movimento de ocupação também vai levar o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) -
responsável pela aplicação da prova - a refazer o trabalho de logística.
Gleisi Hoffmann, a
“coxa”, recebeu propina também da Odebrecht
Enquanto a delação dos executivos da Odebrecht caminha
para a reta final, a Operação Lava Jato avança nas investigações da lista de
políticos que receberam dinheiro sujo da construtora. Desta vez, o alvo é a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que já é ré do petrolão. A pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Teori Zavascki, relator dos
processos da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a
instauração de um inquérito sigiloso para apurar se a ex-ministra praticou os
crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Gleisi é
suspeita de receber meio milhão de reais em caixa dois da Odebrecht durante as
eleições de 2014. Segundo os investigadores, a senadora petista estaria
associada ao codinome “coxa” na relação de políticos que receberam dinheiro do
departamento de propinas da maior empreiteira do país. Na lista da construtora,
consta que o empresário Bruno Martins Gonçalves Ferreira seria o responsável
por entregar os recursos ilícitos destinados à ex-ministra da Casa Civil.
Salário mínimo para
famílias deveria ser de R$ 4 mil, diz Dieese
Um
estudo do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta segunda-feira mostrou que, em
outubro, o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro
pessoas deveria ser de R$ 4.016,27. Esse montante corresponde a
4,56 vezes o mínimo atual no Brasil, que é de R$ 880. O valor do
mínimo ideal vem subindo graças ao aumento dos preços em geral no país. Em setembro,
por exemplo, o valor ideal era de R$ 4.013,08 -pouco abaixo do atual. O custo
da cesta básica está menor em 14 das 27 capitais brasileiras. Entre as cidades
que tiveram quedas mais expressivas estão Brasília (-5,44%), Teresina (-1,77%),
Palmas (-1,76%) e Salvador (-1,66%). Houve alta em 13 capitais, sendo
Florianópolis (5,85%), Vitória (3,19%), Porto Velho (2,18%) e Maceió (2,12%) os
destaques.
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