Comissão diz que
Geddel não precisa explicar nada
Acusado de tráfico de influência pelo ex-ministro da
Cultura, Marcelo Calero, Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, não
precisará explicar nada. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara
decidiu, por 17 votos favoráveis e 3 contra, que não há nada a explicar,
derrubando requerimento que convocava o peemedebista para contar sua versão dos
fatos. Como se sabe, na semana passada, depois de pedir demissão do cargo de
ministro da Cultura, Caldero acusou Geddel de pressioná-lo para que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural
(Iphan)emitisse parecer técnico liberando a construção de um empreendimento
imobiliário em Salvador, onde havia comprado um apartamento. A base aliada
ficou ao lado de Geddel e, mais ou menos, disse que nada aconteceu de anormal.
Aproveitaram e rejeitaram o pedido para que Calero fosse convidado para falar
do caso na Comissão.
Sérgio Cabral pagava brilhantes com dinheiro vivo
Maria Luiza Trotta, diretora comercial da HStern, disse
na Polícia federal, que costumava levar joias, anéis de brilhante e pedras
preciosas na casa de Sergio Cabral e sua esposa, Adriana Ancelmo, selecionassem
a peça que seria adquirida. Maria Luiz disse que os pagamentos eram feitos em
dinheiro vivo. Funcionária da HStern há
34 anos, Maria Luiz disse que chegou a vender joias a Sérgio e Adriana no valor
de até R$ 100 mil, “sempre com pagamento em dinheiro”. Quem levava o dinheiro até
uma joalheria em Ipanema, era Carlos Miranda, conhecido pela Lava jato como o ‘homem
da mala’ de Séergio Cabral.
A coisa ficou feia!
Executivos da Odebrecht começam a assinar delações
Colocar as barbas de molho é o mínimo que muitos
políticos farão a partir de agora. Se é que já não estavam. Setenta e oito
executivos da Odebrecht começaram a assinar acordos de delação premiada com o
Ministério Público federal. A seguir, passar a prestar depoimentos ao MPT para
confirmar as informações e documentos repassados confidencialmente, uma espécie
de pré-delação que acontece antes da assinatura do acordo. Tida no meio
político como a de maior potencial para provocar estragos entre os políticos,
já que mais de 200 nomes de representantes de vários partidos aparecem entre os
beneficiados com “auxilio” de campanha e propinas, a previsão e de que os acordos só sejam encaminhados para
homologação do STF no ano que vem.
Romário diz que Del
Nero e Lulinha batiam um bolão
Presidente da CPI do Futebol, o senador ex-jogador Romário,
dá cartão amarelo para Marco Polo Del Nero e Luis Cláudio Lula da Silva, o ‘Lulinha’,
filho do ex-presidente Lula, sobre negócios envolvendo a CBF, a LFT e a Sport Promotion.No
dia 16 de agosto de 2011, quando Del Nero era presidente da Federação Paulista
de Futebol, Lulinha manda um e-mail pra ele: “Olá, presidente Marco Polo, tudo
bem com o senhor?. Gostaria de saber se tem alguma novidade com o projeto
futebol feminino ou com nossa participação na Federação Paulista. Fico no
aguardo. Grato. Luis Claudio Lula da Silva (Lulinha)”. Numa rápida troca de
passes, Del Nero respondeu no mesmo dia: “Já tenho alguma coisa, passe por
aqui. Abraços. Marco Polo”
Em 1º de setembro, daquele mesmo ano, sentindo que o jogo
estava fácil, Lulinha fez nova proposta: “Já conversei com o pessoal da Sport
Promotion e fizemos um rascunho do projeto, gostaria de ir apresentar ao senhor”.
Del Nero respondeu marcando um encontro com Lulinha para o dia 13 de setembro.
Mantega sobre Cunha:
“Não sei de nada”
Ouvido
pelo Juiz Sérgio Moro, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre uma
possível participação do ex-presidente da Câmara, na compra de parte de um
campo de exploração de petróleo em Benin, na África, afirmou nesta quarta-feira
(23): “Não tenho conhecimento de
nenhuma participação do senhor Eduardo Cunha”. O ex-ministro presidiu o Conselho de Administração da estatal entre 2011 e 2015. A afirmação
foi uma resposta a um questionamento da defesa de Cunha. O ex-presidente da Câmara
é acusado de receber propina neste contrato e de usar contas na Suíça para
lavar o dinheiro. A defesa de Cunha nega as acusações e critica o Ministério
Público Federal (MPF), dizendo que os procuradores não explicaram qual seria a
participação do ex-deputado no esquema descoberto na Petrobras.
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