Seria o fim do mundo?
Quando a gente liga o rádio, a televisão ou abre os jornais
da manhã, começa a sentir o que será o dia. É um termômetro que nos dá a
previsão exata do que enfrentaremos em quase todos os setores do nosso dia a
dia.
Hoje, por exemplo, quando liguei o rádio do carro, fiquei
sabendo que um homem foi morto, com vários tiros no rosto, na calçada da
Rodoviária Central. Exatamente ali, onde o fluxo de pessoas é intenso, tanto
que uma mulher foi atingida por bala perdida. O homem desembarcou de um ônibus
vindo do interior e foi para a parada onde foi morto por quem e porque, não se
sabe ainda.
A insegurança tomou conta da cidade e não me venham com
histórias de que alguém vai resolver, que não vai. É impossível, diante da
crise econômica que vivemos, contratar mais policiamento pagando salários aviltantes.
E mesmo que contratassem, como cuidar de todos os lugares ao mesmo tempo? Se
não matam na calçada da rodoviária, matam no Centro, nos bairros, nos
estacionamentos de shoppings e supermercados. Não temos mais segurança alguma
e, sinceramente, não me julgo no direito de afirmar que a culpa é de A ou B.
Todos são culpados, mas não é de agora, pois o problema vem se avolumando com o
passar dos anos.
Bem perto da minha casa, na semana passada, dois
marginais entraram na barbearia do Jacaré, um homem de 73 anos, que por mais de
50 cuidou dos cabelos e da barba dos moradores do Bairro Medianeira, e anunciaram um assalto. Como o velho barbeiro reagiu, foi morto com um tiro na cabeça. Os
bandidos fugiram sem levar nada. Mataram pelo prazer de matar. Para marginais,
normalmente drogados, a vida das pessoas não vale nada, quando muito, um
celular.
Ontem outro
bandido, ao tentar assaltar passageiros de um lotação, em plena Avenida Padre
Cacique, feriu um idoso que tentou reagir. Uma bala acertou o braço de uma
passageira. Também fugiu sem levar nada.
Dezenas de tiros mataram um adolescente sem que a polícia
tenha conseguido determinar o motivo. Outros homens foram mortos e,
provavelmente por engano. É a banalização do crime. Matam por matar, sem qualquer preocupação com quem está morrendo.
Se a gente prestar atenção no noticiário, ficará sabendo
que não é só morte e assalto. Em outros setores, o crime veste diversas
roupagens como, por exemplo, no Enem, onde não sei quantas pessoas foram presas
por crime de falsidade e tentativa de burlar as provas. Entre os presos, um
secretário municipal de uma cidade do Ceará, e uma moça que pregava a ética e a
moral nas redes sociais. Uma criminosa travestida de anjo.
No Bolsa Família, só aqui no RS, dos 398 mil benefícios,
21,157 foram cancelados e 25.129 bloqueados. No Brasil, mais de 1 milhão foram cancelados ou bloqueados. Todos por irregularidades no cadastro, ou seja,
muita gente que não precisava, recebia o Bolsa Família todos os meses. Não é
uma vergonha?
Quando o ligo o rádio, a televisão, abro os jornais ou os
portais de notícias, fico imaginando se não estamos nos aproximando do fim do
mundo!
Tenham todos um Bom Dia!
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