Sérgio Moro marca
audiências de ação penal contra Lula na Lava Jato
O juiz, Sérgio Moro, marcou nesta sexta-feira as
audiências de testemunhas na ação penal a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, sua mulher, Marisa Letícia, e outras seis pessoas respondem na
Operação Lava Jato. Com isso, os depoimentos de testemunhas de acusação e de
defesa serão realizados nos dias 21, 23 e 25 de novembro em Curitiba, onde as
investigações estão centralizadas. Entre os depoentes estão réus que assinaram
acordos de delação premiada, como o ex-senador petista Delcídio do Amaral, o
empresário Fernando Baiano e os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa,
Nestor Cerveró e Pedro Barusco, além do ex-deputado federal Pedro Corrêa. Lula
é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina de empresas envolvidas no
esquema de corrupção da Petrobras, por meio de vantagens indevidas, como a
reforma de um apartamento tríplex no Guarujá (SP), e pagamento de despesas com
guarda-volumes para os objetos que ele ganhou quando estava na Presidência. As
vantagens teriam sido pagas pela empreiteira OAS.
Cármem Lúcia é
exemplo de caráter, diz Renan Calheiros
Primeiro a se manifestar depois do encontro entre os
chefes dos Três Poderes da República, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a reunião marcada para tratar de problemas de segurança pública serviu também para que o Congresso
Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) superassem a crise entre os dois
Poderes. "Aproveito a oportunidade para dizer que tenho muito orgulho de
ser presidente do Congresso Nacional no exato momento em que a presidente Carmen
Lúcia é presidente do STF. Ela é o exemplo do caráter que identifica o povo
brasileiro", afirmou. Esta semana, Renan e a ministra se desentenderam
publicamente por causa da Operação Métis da Polícia Federal. Renan criticou a
operação, que fez buscas na sede da polícia judiciária e acabou criticando o
juiz que autorizou a ação e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. A
ministra reagiu a manifestação do senador afirmando que tomava para si qualquer
ofensa a juízes.
Lava Jato denuncia
Palocci por corrupção e lavagem de dinheiro
O Ministério Público Federal no Paraná denunciou nesta
sexta-feira, o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda/Casa Civil – Governos Lula
e Dilma) por corrupção e lavagem de dinheiro. Também foram acusados Branislav
Kontic, ex-assessor de Palocci, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outros 12
investigados por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro relacionados à
obtenção, pela Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a
Petrobrás. Como decorrência das apurações realizadas na 35ª fase da operação
Lava Jato, identificou-se que, entre 2006 e 2015, Palocci estabeleceu com altos
executivos da Odebrecht um amplo e permanente esquema de corrupção destinado a
assegurar o atendimento aos interesses do grupo empresarial na alta cúpula do
governo federal. Neste esquema, a interferência de Palocci se dava mediante o
pagamento de propina, destinada majoritariamente ao Partido dos Trabalhadores (PT).
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