Renan diz que Vallisney é um “juizeco”
O presidente do Congresso Nacional, senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta segunda-feira (24), em coletiva de
imprensa, que, nesta terça (25), ingressará com ação no Supremo Tribunal
Federal (STF) em razão da Operação Métis, deflagrada na sexta (21) pela Polícia
Federal no Senado, na qual quatro policiais legislativos foram presos.
Ele afirmou que o objetivo da ação, uma Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), é definir "claramente"
a competência dos poderes.
A Polícia Federal deflagrou a operação autorizada pelo
juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, para
quem são "gravíssimos" os indícios contra os policiais. Eles são
acusados de fazer varreduras em residências particulares de senadores para
identificar eventuais escutas telefônicas instaladas com autorização judicial,
de maneira a obstruir investigações da Operação Lava Jato, na qual
parlamentares são investigados.
"É uma ADPF no sentido de fixarmos claramente as
competências dos poderes, porque um juizeco de primeira instância não pode, a
qualquer momento, atentar contra um poder. Busca no Senado só se pode fazer
pelo Senado, e não por um juiz de primeira instância", completou.
Para o presidente do Senado, a operação de sexta-feira
aproxima o país de um estado de exceção.
“Se a cada dia um juiz de primeira instância concede uma
medida excepcional, nós estaremos nos avizinhando de um estado de exceção,
depois de passado pelo estado policial”, declarou.
Renan Calheiros afirmou ainda que, se a Polícia Federal
identificou excessos da Polícia do Senado, bastava comunicar a ele que, segundo
o peemedebista, as providências seriam tomadas.
Fonte: Portal G1
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