Lula e Dilma sumiram!
A absoluta falta de rumo do PT fica claramente definida
com a ausência de Luiz Inácio Lula da Silva, o fundador e líder do partido, nas
eleições de domingo. Alegando já ter completado 71 anos e não ter mais
obrigação de votar, Lula não saiu de casa em São Bernardo do Campo onde o PT
estava de fora no segundo turno.
Afirmando que estava em Belo Horizonte, visitando a mãe,
a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também não votou nas eleições de ontem.
Aqui em Porto Alegre, onde tem residência, seu partido não disputou o segundo
turno e, assim como Lula, Dilma decidiu não votar. Coincidência, apenas.
O Partido dos Trabalhadores prova, através de duas de
suas maiores lideranças, de seus dois ex-presidentes da República, que vive uma
derrocada total. Nas sete cidades em que disputou o segundo turno, o PT não
elegeu nenhum candidato. Das capitais brasileiras, somente Rio Branco será
comandada pelo partido de Lula. Além da Capital do Acre, mais duas cidades
podem ser destacadas entre as que o PT elegeu prefeitos: Rio Grande (RS) e
Araraquara (SP).
Em São Paulo, berço do petismo, houve uma derrocada como
nunca. O famoso Cinturão Vermelho do PT, no interior paulista, acabou. Das 39
cidades, o Partido dos Trabalhadores comandava nove e, passado o segundo turno,
fica apenas com Franco da Rocha. O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro, onde o
partido foi fragorosamente derrotado.
Pode se dizer o mesmo do Nordeste, tradicional base
petista, onde o desemprenho do PT não passou de sofrível. Disputou o segundo
turno em Recife e perdeu. E os motivos são bem conhecidos.
A crise nacional surgida com o escândalo descoberto pela
Lava Jato e a responsabilidade de Dilma sobre a crise econômica, seriam motivos
mais do que suficientes para levar o PT ao lugar onde se encontra após as
eleições. Mas o número de petistas tradicionais apanhados, julgados e
condenados por corrupção, abriu os olhos dos eleitores.
Tudo isso somado a decisão dos ex-presidentes Lula e
Dilma com a votação no segundo turno, surge como verdadeiro descaso para com a
democracia.
Nada, absolutamente nada justifica a decisão de Lula e
Dilma que simplesmente ignoraram suas bases eleitorais pelo simples fato de que
seus companheiros não disputavam o segundo turno. Explicações fajutas como
idade avançada e visita a mãe, não servem para apagar o ato desprezível de
quem, até bem pouco tempo, pregava a democracia, a participação popular, e a
necessidade de partidos fortes.
O mais provável é que Lula e Dilma, temerosos de
enfrentar eleitores que hoje sabem perfeitamente quem são eles, tiveram medo de
sair de casa. Desesperados com a ausência de seus companheiros na disputa
buscaram desculpas esfarrapadas para justificar aquilo que já se sabe: eles só
votam quando vislumbram alguma possibilidade de seguir mandando.
Como se diz lá em São Gabriel, “democratas, pero no mucho”!
Como se diz lá em São Gabriel, “democratas, pero no mucho”!
Machado Filho
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