segunda-feira, 24 de outubro de 2016

OPINIÃO

Mataram por engano!

Uma emboscada armada por marginais de uma gangue da Vila dos Sargentos para matar o líder de outra quadrilha do tráfico de drogas, a do Beco do Adelar, acabou de forma trágica para um empresário que nada tinha com o caso. Ele, por estar num carro branco, foi confundido com o marginal que era alvo dos criminosos e morreu ao lado da filha de quatro anos.

Nas redes sociais, que estão se transformando em veículo muito perigoso para comunicação entre marginais, o perfil de uma jovem foi usado para marcar um ‘encontro amoroso’ com o alvo dos bandidos. Marcelo Oliveira Dias, dono de uma academia, chegou antes e por ter sido confundido com o braço direito de “ET”, líder de uma quadrilha de traficantes, foi morto por uma rajada de balas que atingiu, inclusive, sua filha.

Pouco antes da morte de Marcelo, o verdadeiro alvo chegou de moto, ao local combinado com a jovem e, provavelmente, tenha assistido ao crime.

Depois de matarem o homem errado, os traficantes da Vila dos Sargentos, no sábado, foram para a Beco do Adelar com a finalidade de acabar com ‘ET’. A BM chegou e com o apoio da Guarda Nacional de Segurança prendeu seis marginais e matou um. Todos envolvidos na morte de Marcelo Oliveira Dias.

Esta é a notícia, triste, mas lamentavelmente verdadeira. Os marginais, os criminosos, os traficantes, matam por engano e, depois, querem matar a pessoa certa. E não medem consequências nem colocam limites em suas ações. Drogados, enfrentam a tudo e matam, sem piedade, pessoas que andam pelas ruas sem qualquer envolvimento com o crime.

O que não se sabe é quando este tipo de coisa vai acabar. Quando teremos o mínimo de segurança para, por exemplo, como fez Marcelo naquela tarde, ir ao supermercado fazer o que normalmente todas as pessoas de bem fazem.

Quem deveria se preocupar com a situação de calamidade em que se encontra a segurança no Rio Grande do Sul, alega que não tem condições de cuidar melhor dela. Quem faz as leis, não faz nada e quem aplica as leis, acaba sendo conivente, sem querer, é claro,  colocando marginais nas ruas por exigência de leis arcaicas e totalmente superadas.

Nós, da população, somos reféns da marginalidade, da bandidagem que mata, por engano ou não, pelo simples prazer de matar. E não adianta reagir, pois somos o lado mais fraco que, desarmado, enfrenta verdadeiros arsenais de guerra na mão dos bandidos.

É melhor ficar trancado em casa para não morrer por engano, como no caso de Marcelo Oliveira Dias!

Machado Filho.

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