Mataram por engano!
Uma emboscada armada por marginais de uma gangue da Vila
dos Sargentos para matar o líder de outra quadrilha do tráfico de drogas, a do
Beco do Adelar, acabou de forma trágica para um empresário que nada tinha com o
caso. Ele, por estar num carro branco, foi confundido com o marginal que era
alvo dos criminosos e morreu ao lado da filha de quatro anos.
Nas redes sociais, que estão se transformando em veículo
muito perigoso para comunicação entre marginais, o perfil de uma jovem foi
usado para marcar um ‘encontro amoroso’ com o alvo dos bandidos. Marcelo
Oliveira Dias, dono de uma academia, chegou antes e por ter sido confundido com
o braço direito de “ET”, líder de uma quadrilha de traficantes, foi morto por
uma rajada de balas que atingiu, inclusive, sua filha.
Pouco antes da morte de Marcelo, o verdadeiro alvo chegou
de moto, ao local combinado com a jovem e, provavelmente, tenha assistido ao
crime.
Depois de matarem o homem errado, os traficantes da Vila
dos Sargentos, no sábado, foram para a Beco do Adelar com a finalidade de
acabar com ‘ET’. A BM chegou e com o apoio da Guarda Nacional de Segurança
prendeu seis marginais e matou um. Todos envolvidos na morte de Marcelo
Oliveira Dias.
Esta é a notícia, triste, mas lamentavelmente verdadeira.
Os marginais, os criminosos, os traficantes, matam por engano e, depois, querem
matar a pessoa certa. E não medem consequências nem colocam limites em suas
ações. Drogados, enfrentam a tudo e matam, sem piedade, pessoas que andam pelas
ruas sem qualquer envolvimento com o crime.
O que não se sabe é quando este tipo de coisa vai acabar.
Quando teremos o mínimo de segurança para, por exemplo, como fez Marcelo
naquela tarde, ir ao supermercado fazer o que normalmente todas as pessoas de
bem fazem.
Quem deveria se preocupar com a situação de calamidade em
que se encontra a segurança no Rio Grande do Sul, alega que não tem condições
de cuidar melhor dela. Quem faz as leis, não faz nada e quem aplica as leis,
acaba sendo conivente, sem querer, é claro,
colocando marginais nas ruas por exigência de leis arcaicas e totalmente
superadas.
Nós, da população, somos reféns da marginalidade, da bandidagem
que mata, por engano ou não, pelo simples prazer de matar. E não adianta reagir,
pois somos o lado mais fraco que, desarmado, enfrenta verdadeiros arsenais de
guerra na mão dos bandidos.
É melhor ficar trancado em casa para não morrer por
engano, como no caso de Marcelo Oliveira Dias!
Machado Filho.
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