sexta-feira, 7 de outubro de 2016

BOM DIA!

Acabou a greve nos bancos!

Os bancários, reunidos em assembleia por todo o Brasil, decidiram retomar o trabalho na manhã desta sexta-feira, depois de 31 dias parados. A volta ao serviço era uma das condições da Fenaban para que os dias parados não fossem descontados. Assim, como os bancários retomam o trabalho hoje, os 31 dias de greve não serão descontados de seus salários.

Depois de 10 rodadas de negociações, a Federação Nacional dos Bancos ofereceu reajuste de 8%, acrescido de um abono salarial de R$3,5 mil, mais a garantia de reposição da inflação e 1% de aumento real em 2017.  O vale-alimentação dos bancários será reajustado em 15%, o vale-refeição e o auxilio creche/babá em 10% além de implantação de licença paternidade de 20 dias.

Tudo devidamente acertado entre Fenaban e Sindibancários, os trabalhadores voltam, hoje, a atender normalmente nas agências que estavam fechadas, incluindo os bancos públicos e privados.

Ressalte-se que, nos 31 dias de greve, as agências de bancos particulares e, pelo que sei algumas do Banrisul, permaneciam com atendimento interno a clientes, além do sistema eletrônico que não deixou de funcionar nunca. Nas agências da Caixa Econômica em que estive para retirar dinheiro, inclusive de meu salário, somente os terminais estavam funcionando. Não havia um único funcionário trabalhando. Repito, pelo menos nas agências em que estive, mas tenho informações que muitas pessoas viram a mesma coisa.

Se tudo for assim mesmo, sou obrigado a concluir que a maioria dos bancários, que me desculpem os que mantiveram atividades de protesto, esteve em férias por 31 dias. Juntando-se ao período obrigatório, alguns terão 61 dias de descanso remunerado em 2016.

Uma constatação não pode passar desapercebida por quem utilizou serviços bancários neste período de greve. Fora casos em que a intervenção humana era extremamente necessária, os caixas eletrônicos desempenharam uma função que não deixou nada a desejar. Quem precisou de dinheiro, fazer transferências, pagar contas e saber o saldo, não teve nenhum problema com a greve de 31 dias.

Esta foto, distribuída pelo SindiBancários, mostra o número de participantes da assembleia geral realizada ontem. Com muito boa vontade, vamos contar 50 pessoas decidindo sobre um serviço que atende milhares de pessoas.
O fato, salvo melhor juízo, prova que a presença de pessoas como funcionários de bancos, está cada vez mais se tornando desnecessária. A grande quantidade de servidores já não parece tão fundamental, visto que as máquinas eletrônicas substituem, em alguns casos sem cara de má vontade e desrespeito, aos funcionários em greve.

Lamentável para quem ainda insiste em paralisar um serviço pelo qual pagamos muito caro, na maioria das vezes, sem vantagens financeiras. O patrão faz um depósito automático de nossos salários e nós, nos caixas eletrônicos, movimentamos nossas contas.

Se eu fosse bancário, começaria a pensar melhor sobre entrar em greve e colocar meu emprego em risco. A não ser os concursados que, se não for por justa causa, podem parar pelo tempo que desejarem. Não acontecerá nada, como não vai acontecer com os grevistas que retomam os trabalhos nesta sexta-feira. Falando nisso, servidores da Caixa Econômica Federal permanecem em greve em sete estados. Pode ser que voltem segunda-feira.

Só fiquei com uma grande dúvida na cabeça. Se os bancários ficaram parados por 31 dias, será que em algum momento sugeriram transformar a paralisação em férias? Dirão os mais experientes em paralisações: santa inocência!

Tenham todos um Bom Dia!

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