Está acabando a
indústria dos “encostados”
Desde guri eu ouço falar, principalmente entre as pessoas
mais velhas, que estavam encostadas no ‘INPS’, que é como se referem, até hoje,
ao INSS. Muitos ficavam lá durante anos, mesmo sem precisar, recebendo valores
pagos pelo governo, em alguns casos, sem ter direito.
A situação não mudou muito nos últimos anos, ou melhor,
mudou sim, mas para pior. O número de segurados (?) que estão recebendo sem
direito, vem aumentando muito. Quem não consegue através de requerimento ou
perícia no INSS, acaba recorrendo ao judiciário e, caso seja autorizado, passa
a receber o auxilio doença e fica ‘encostado’ durante muito tempo. Em alguns
casos, por tempo indeterminado.
Pois agora o governo decidiu acabar com a farra e
convocou, só aqui no Rio Grande do Sul, mais de 15 mil pessoas para nova
perícia médica. Metade deles marcou nova perícia, alguns perderam o prazo e
tiveram seus pagamentos suspensos e mais de mil não foram localizados e serão
intimados por edital.
Se alguém imagina que o governo está exagerando, que
fique sabendo que só aqui no Estado, o INSS cortou 81,3% dos auxílios-doença
concedidos judicialmente e que vinham sendo pagos a mais de dois mil segurados
submetidos a nova perícia. Somente na primeira leva, ou seja, no dia da perícia
agendada, 1.651 benefícios foram suspensos. Os peritos do INSS constataram que
a pessoa estava apta a voltar ao trabalho.
Pasmem os leitores, mas apenas com o fim do pagamento aos
mais de mil e seiscentos ‘encostados’, foi gerada uma economia de R$ 27, 6
milhões por ano. Isso só no RS, pois no Brasil a economia anual, apenas neste
começo de revisão de aposentadorias, é de R$ 139 milhões. E a direção do INSS
calcula que cerca de 50% da despesa com pagamentos por incapacidade (?) voltem,
ou deixem de sair dos cofres públicos. Hoje, com aposentadorias, o INSS gasta
R$ 7,5 bilhões por ano.
No Brasil, quem sabe por incapacidade do setor, mas muito
pela malandragem dos brasileiros, pessoas que estão com plena capacidade de
trabalho, estão se aproveitando de uma decisão judicial para continuar
recebendo do governo. Muitas, inclusive, por serem sadias e aptas, buscam novos
empregos.
Calcula-se que com as perícias que já estão marcadas e
devem acontecer nos próximos dias, o fim do pagamento de benefícios para quem
não tem mais direito, atinja a 89,5% dos ‘encostados’, só aqui no Rio Grande do
Sul.
Graças a uma nova mentalidade, a um novo tipo de governo
e de tratamento, o dinheiro dos brasileiros deixará de ser sugado pelo ralo da
incompetência e, o que é pior, da corrupção. Estamos bem próximos, quem sabe,
do fim daqueles que buscam o dinheiro fácil quando decidem se “encostar no
Instituto’. Só terão direito, aqueles que realmente estão incapacitados para o
trabalho.
Tenham todos um Bom Dia!
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