quinta-feira, 13 de outubro de 2016

BOM DIA!

Lá como aqui, ou vice versa!
A campanha política nos Estados Unidos atingiu um nível muito parecido com as mais condenáveis do mundo. Quem se dá ao trabalho de assistir, pelo menos em parte, os debates entre Hillary Clinton e Donald Trump, desiste no meio do caminho. É baixaria de todo o lado.

Entre acusações de milhares de e-mails deletados, emergem informações de desrespeito às mulheres, palavras e declarações impublicáveis e, se não bastasse, denúncia de mulheres que se dizem “tocadas intimamente”. Um verdadeiro caos que alguns americanos estão fazendo força para engolir e, no final, eleger quem for considerado menos ruim.

Agora mesmo, leio que analistas políticos nos Estados Unidos, consideram esta a “mais degradante” das campanhas eleitorais americanas. “nunca vimos algo assim”, disse um professor e historiador da American University.

Mas não se preocupem, temos ainda, parece, mais um ou dois debates e certamente coisas bem piores surgirão. Dá para se dizer que o candidato que sair com os pés menos embarrados, será o vencedor.

Nada muito diferente das campanhas que acontecem por aqui. Acusações, baixo nível e questões jurídicas na maioria das vezes. Só no Rio Grande do Saul, por exemplo, onze municípios ainda não sabem quem será o prefeito em 2017. Em todos eles, o Tribunal Regional Eleitoral está decidindo se o mais votado tem ou não condições de assumir o cargo, a maioria por problemas envolvendo a justiça. Fora os que, de alguma forma, partiram para artimanhas que nem sempre são detectadas pela justiça.

Isso falando somente em candidatos que buscam ser prefeito. Entre os que se elegeram vereador, a coisa, bem no fundo, esconde muita verdade que não aparece, escondida debaixo dos tapetes.

Já nem falo na imundice da corrupção, da roubalheira, da mentira, da lavagem de dinheiro, da formação de quadrilha. Nisto, parece que alguns políticos brasileiros são especialistas. E o pior é que todos, indistintamente, negam tudo, afirmam com a cara mais deslavada do mundo que são inocentes, contratam advogados a peso de ouro, que juram que seus clientes só não estão sentados ao lado direito de Deus por ainda estarem vivos. São verdadeiros santos injustiçados pela perseguição de políticos, juízes ou da imprensa.

Mas como somos um pais imenso, em vários lugares, como aqui, por exemplo, as coisas se salvam e conseguimos manter a campanha num nível bem aceitável. Porto Alegre parece ser um diferencial entre muitas campanhas que se desenvolvem no Brasil.

Nos Estados Unidos, pelo menos, o voto é facultativo e a escolha de candidatos obedece a uma série de requisitos bem diferentes dos daqui, onde qualquer um pode se candidatar, dizer o que bem entende e, o que é pior, se eleger. Além do voto ser obrigatório.

Que tempos estamos vivendo!

Tenham todos um Bom Dia!

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