Lula era “chefe” e Marisa " madame"
A Polícia Federal reuniu como provas de que a OAS teria
custeado reforma no tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá (SP) em
benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva notas fiscais, documentos
encontrados nas buscas e análises de mensagens dos celulares dos investigados.
O petista, a mulher, Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto, e dois ex-executivos da empreiteira foram indiciados nesta
sexta-feira, 26, pela Operação Lava Jato, em Curitiba.
“(Lula) recebeu vantagem indevida por parte de José
Aldemário Pinheiro e Paulo Gordilho, presidente e engenheiro da OAS,
consistente na realização de reformas no apartamento 174”, informa relatório
final do inquérito assinado pelo delegado Márcio Adriano Anselmo. O
imóvel recebeu obras avaliadas em R$ 777 mil, móveis no total de R$ 320 mil e
eletrodomésticos no valor de R$ 19 mil – totalizando R$ 1,1 milhão.
Nas mensagens encontradas nos celulares apreendidos do
ex-presidente da OAS e do engenheiro do grupo, em que Lula é chamado de “chefe”
e Marisa de “madame”, segundo interpretação da PF, foram encontrados elementos
para apontar que o casal orientou as reformas no apartamento do Guarujá – e
também do sítio de Atibaia.”O projeto da cozinha do chefe esta pronto, se
marcar com a Madame pode ser a hora que quiser”, registra arquivo de troca de
mensagem de Léo Pinheiro. “Amanha as 19h. Vou confirmar. Seria nom (bom) tb ver
se o Guaruja esta pronto.”
“Guaruja também está pronto.” Para a polícia, eles
falavam da instalação das cozinhas no apartamento do litoral e do sítio de
Atibaia, ambas em 2014.
Marisa também é tratada como “dama” nas mensagens. “Dr
Léo o Fernando Bittar aprovou junto a Dama os projetos tanto de Guarujá como do
sítio”, registra uma mensagem de interlocutor não identificado enviada para o
ex-presidente da OAS, em fevereiro de 2014 – um mês antes de ser deflagrada a
Lava Jato.
Agência Estado
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