Advogados de Lula não querem Moro
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
investigado na Operação Lava Jato, protocolaram nesta terça-feira (5) um pedido
para que o juiz federal Sérgio Moro, responsável
pelos processos na Lava Jato na primeira instância, reconheça a suspeição para
julgar as ações penais relacionadas a Lula. A suspeição acontece quando um juiz
ou uma parte alega falta de imparcialidade.
Segundo a defesa de Lula, a exceção de suspeição é
baseada na prática de diversos atos arbitrários pele juiz contra o
ex-presidente desde a deflagração da 24ª fase da Operação, batizada de
"Aletheia", em março deste ano.
Entre os exemplos enumerados, estão a privação da
liberdade imposta a Lula para que ele prestasse o depoimento no Aeroporto de
Congonhas (SP) – o ex-presidente foi alvo de condução
coercitiva, ou seja, foi levado para depor. Para os advogados, Lula não
precisava ter sido submetido à condução coercitiva, já que não se recusou a
atender qualquer intimidação anterior.
Além disso, eles alegam que o levantamento
do sigilo de conversas interceptadas de Lula configurou abuso de
autoridade. Sobre esta questão, Moro
decidiu manter sigilo sobre os grampos telefônicos envolvendo o ex-presidente.
Por meio de nota, a defesa informou que espera que Moro
"reconheça a perda de sua imparcialidade e encaminhe os procedimentos ao
seu substituto natural".
A petição foi protocolada no processo eletrônico da
Justiça Federal do Paraná às 18h25 desta terça.
Os materiais referentes aos inquéritos que investigam um
sítio em Atibaia e a um apartamento triplex no Guarujá, ambos em São Paulo, voltaram
para as mãos de Moro no dia
22 de junho. Os imóveis têm a propriedade questionada na Justiça.
Investigadores buscam indícios de que o sítio e o apartamento pertencem ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agência Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário