SERÁ QUE VIEIRA DESISTE?
Político tradicional e homem de partido, ex-vereador,
ex-deputado federal, ex-secretário de Educação, Vieira da Cunha é uma das
figuras mais respeitadas dentro do PDT e, juntamente com Nereu D’Avila,
controla as 10 zonais do partido em Porto Alegre.
Mesmo assim, Vieira não conseguiu, pelo menos até agora,
agregar qualquer sigla partidária importante à sua candidatura, o que
praticamente inviabiliza sua disputa para o lugar de seu companheiro de
partido, José Fortunati.
No começo da semana, depois de reunião com o presidente
nacional, Carlos Lupi, foi dado ao candidato pedetista, um prazo até a tarde de
hoje, sexta-feira, para que apresente alguma evolução em termos de alianças, ou
desista de concorrer. Uma reunião marcada para as 15 horas e um comunicado que
será divulgado por volta de 16 horas, dirá o que será feito por Vieira da Cunha
e seus apoiadores.
A tendência é de que, mesmo com mais algumas tentativas
que devem ocorrer durante o dia, Vieira da Cunha abra mão da disputa e o PDT
decida apoiar a candidatura de Sebastião Melo (PMDB), indicando o nome para
disputar o cargo de vice-prefeito.
JULIANA E MAURO
Dois nomes, caso Vieira da Cuinha desiste, aparecem entre
os possíveis indicados para a disputa de vice-prefeito: Juliana Brizola,
deputada estadual, neta de Leonel Brizola, e Mauro Zacher, vereador licenciado
e secretário municipal de Obras e Viação. Entre os dois, Juliana Brizola
desponta como o nome mais provável. Representa a ala feminina do partido e tem
uma identificação histórica com as bandeiras defendidas pelo PDT. Mauro Zacher
é vereador, tem o apoio da bancada da Câmara Municipal, mas parece não reunir a
preferência dos que decidirão sobre quem será o vice de Melo.
De qualquer maneira, é muito difícil fazer qualquer
previsão sobre quem será escolhido para a disputa. Juliana Brizola e Mauro
Zacher, dá para afirmar, estão lado a lado na reta final da corrida pela vaga.
GIOVANNI CHERINI
Depois de votar pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT),
ser expulso do PDT e se filiar ao PR, assumindo a presidência do partido no RS,
o deputado Giovani Cherini parece ter iniciado um processo de vingança contra o
PDT.
Procurado por Vieira da Cunha para um possível apoio,
Cherini desmarcou, momentos antes, uma reunião agendada com o pedetista para
segunda-feira passada. De lá para cá, mesmo que Vieira tenha procurado, Cherini
desapareceu. Ninguém sabe, pelo menos oficialmente, onde ele está.
LUCIANA E
MARCHEZAM NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL
Os pré-candidatos Luciana Genro (PSOL) e Nelson Marchezan
Jr (PSDB) participaram de mais um café da manhã da Associação Comercial, e
falaram de suas ideias caso sejam eleitos para a Prefeitura de Porto Alegre.
Luciana, ameaçada de não poder participar dos debates da
campanha, já que seu partido não alcança o número mínimo de deputados federai
exigidos pela lei, afirmou que fará “um apelo democrático, já que será uma
covardia e uma afronta à população o veto ao meu nome nos debates”. Depois de
dizer que fará uma administração “eficiente e limpa”, a candidata lembrou que
“os empresários também não querem a corrupção, não querem ver obras parads, não
querem pagar propina para liberar alvarás e não querem ter que esperar meses
para dar início a uma obra”.
Para Marchezan Júnior, uma de suas prioridades será
vencer o corporativismo, além de dar tratamento específico a questão da carga
tributária. “Se constatarmos que a tributação é um problema em determinado
setor, poderemos diminuir tributos, mas isso será pontual. Não haverá
diminuição generalizada”, declarou.
Depois de afirmar que não será prefeito apenas para
alguns, o tucano disse que “não serei prefeito apenas par alguns. Porto Alegre
tem que tirar o poder do balcão”, finalizou.
POUCA MULHER E
MUITO HOMEM
Mesmo que a lei determine que 30% das vagas da nominata
de candidatos seja reservado para mulheres, os partidos estão encontrando
sérias dificuldades para registrar candidatas. Assim, muitos terão que diminuir
o número de postulantes pois são poucas as mulheres que querem buscar uma vaga
nas câmaras municipais.
Mesmo com a abertura oferecida pela Lei, parece que as
mulheres não se sentem devidamente atraídas pela política. Lamentavelmente,
algumas delas ainda acham que “política é coisa prá homem”.
Eu volto amanhã!
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