Lula queria a extinção do DEM!
Não é nenhuma novidade a transformação em bagunça de tudo
o que diz respeito ao que acontece na Câmara Federal. A começar pelo presidente
que renunciou, deputado Eduardo Cunha, um dos políticos mais envolvidos em atos
de corrupção, mas que formou uma base de apoio que faz o impossível para
impedir que seu poder acabe ou diminua.
Com sua renúncia, começou o trabalho de escolha de seu
sucessor. Estava formada nova bagunça e que até agora não está plenamente
definida. Ainda não se pode afirmar, com certeza, o dia exato da eleição que
escolherá o novo presidente, muito menos quem serão os candidatos.
Inicialmente, Valdir Maranhão, o presidente em exercício
da Câmara, marcou a votação para a próxima quinta-feira, revoltando aos
deputados que trataram, imediatamente, de convocar uma reunião e marcar a
eleição para terça-feira. Só que na terça, haverá a sessão da Comissão que
analisa a perda de mandato de Cunha, que poderia não acontecer, favorecendo ao
ex-presidente. Maranhão, então, voltou a decidir que a eleição seria na quinta.
O presidente em exercício, Michel Temer, entrou em campo e a votação foi
marcada para uma sessão às 19 horas de quarta-feira, dia 12. Mas ela precisa
ser definida durante o dia de hoje, ou seja, não é certo que quarta tenhamos
novo presidente da Câmara dos Deputados. Uma bagunça!
Quanto aos candidatos mais cotados, fico com dois que
parecem ser os que se articularam melhor e podem chegar ao comando da Casa:
Rogério Rosso (PSD-DF) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Rosso, líder do PSD na Câmara, foi presidente da comissão
especial do impeachment, é aliado de Eduardo Cunha e um dos nomes mais
influentes do Centrão, que reúne os partidos de centro e direita da Câmara.
O carioca Rodrigo Maia corre por fora, mas não está menos
articulado, buscando apoio de diversos partidos, inclusive do PT. Ele integra o
bloco dos chamados governistas independentes como PSDB, PPS e PSB.
O que chama a atenção na candidatura de Rodrigo Maia, é que
ele poderá ter o apoio do Partido dos Trabalhadores, cujo líder maior, Luiz
Inácio Lula da Silva, num determinado momento, afirmou que o DEM era um partido
que fazia tão mal ao Brasil “que deveria ser extinto”.
Mas se alguém perguntar ao Lula se ele apoia a
candidatura do DEM, é bem possível que ele justifique afirmando que qualquer um
é melhor que Cunha e recomende o apoio do PT a Rodrigo Maia. O que não seria de
se estranhar já que, pelo poder, Lula é capaz de tudo, inclusive de procurar
Paulo Maluf, apertar sua mão, ser fotografado nos jardins da mansão de seu
desafeto explicito, para garantir a eleição de Haddad.
Hoje poderemos ter a formalização do dia da eleição para
presidente da Câmara dos Deputados, o que não significa, necessariamente, o fim
da bagunça!
Tenham todos um Bom Dia!
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