Acabou o discurso?
Na manhã de hoje (5), o ministro Teori Zavascki, do STF,
suspendeu o mandato do deputado Eduardo Cunha, impedindo que ele continue sendo
presidente da Câmara Federal. Teori atendeu pedidos do Procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot e concedeu liminar para que Cunha seja afastado.
Agora, o próprio Teori terá que julgar muitos outros pedidos
de Janot envolvendo políticos do primeiro escalão. Mesmo que Cunha seja o mais
visado, por tudo o que praticou de ilícito, espera-se que o ministro do STF
dedique o mesmo tratamento aos que foram citados pelo procurador-geral.
Mas o que interessa, mesmo, é que Cunha está fora, pelo menos
por enquanto, como tanto queriam os brasileiros, principalmente os que juravam
que o pedido de impeachment da presidente é obra dele. Com o deputado fora da
jogada, o discurso fica meio vazio. Se é que não acabou.
Mas o que mais me impressionou na manhã de hoje, foi ler
nas redes sociais, uma postagem da senadora comunista Vanessa Grazziotin. Quero
acreditar que não se trata de uma declaração dela, mas consta como palavras
suas, com foto e tudo. Leiam:
“Vocês não vão tirar a presidente Dilma do
poder. Podem até ganhar aqui nesta corte, mas nos pedirão clemência quando
formos as ruas. A classe média é analfabeta política e tem de ficar no seu
lugar insignificante de contribuinte e deixar a esquerda intelectual garantir o
futuro dessa nação”.
Li várias vezes e sigo não acreditando que uma senadora
tenha tido a coragem de pronunciar coisa semelhante. Seria o fim do mundo
acreditar que alguém, em 2016, pense assim. A não ser que a comunista se
considere da esquerda intelectual, coisa que está muito distante de ser.
Aliás ela, mais uma colega de partido, um senador e uma
senadora do PT, estão proporcionando um espetáculo ridículo na Comissão
Especial do Senado. Falam e gritam constantemente, num espetáculo circense de
esperneio e de discursos sem nexo, provocando cenas dignas de figurarem naqueles
famosos pastelões dos Três Patetas. Mas, como são quatro...
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