Anatel proíbe operadoras de reduzir internet fixa após
fim da franquia
Uma decisão cautelar da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel)
proibiu as operadoras de internet fixa de reduzir a velocidade ou suspender a
prestação do serviço de banda larga após o término da franquia até que essas
empresas forneçam aos clientes ferramentas que permitam, por exemplo,
acompanhar o uso de dados de seus pacotes. O despacho da agência com a cautelar
foi publicado na edição desta segunda-feira (18) do Diário Oficial da União. O
descumprimento pode gerar multa de R$ 150 mil por dia, até o limite de R$ 10
milhões às operadoras. Nas últimas semanas, tem gerado polêmica a informação de
que as operadoras querem oferecer planos de internet fixa, usada nas
residências e empresas, com limite de download, em que o serviço pode ser
suspenso quando o usuário atinge uma determinada quantidade de arquivos e dados
baixados. Atualmente, esse serviço é cobrado de acordo com a velocidade de
navegação contratada, sem teto de uso da internet. Já o sistema que limita a
quantidade de dados baixados, ou seja, que fixa uma franquia, já funciona na
internet móvel, dos celulares.
PDT vai expulsar quem votou pelo impeachment
O PDT iniciou hoje o processo de expulsão dos seis
deputados que contrariaram a orientação do partido e votaram pelo impeachment
da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi tomada em reunião da comissão
permanente da sigla, na manhã desta segunda-feira em Brasília. Da bancada de 19
deputados, Mario Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Giovanni Cherini (RS),
Flávia Morais (GO), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão optaram pelo
"sim" à admissibilidade do processo contra a petista, que foi
aprovado ontem na Câmara e agora segue ao Senado. A comissão de ética do
partido encaminhará os processos de expulsão "garantindo a todos o amplo
direito de defesa" e produzirá um parecer a ser submetido ao Diretório
Nacional da legenda no Rio de Janeiro, no dia 30 de maio, quando as expulsões
podem ser consumadas. Nos dias que antecederam a votação na Câmara, o líder do
PDT na Câmara, Weverton Rocha (MA), admitia apenas as defecções de Giovanni
Cherini e Flávia Morais.
Líder do governo diz que luta para barrar impeachment
está apenas começando
Após reunião com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio
do Planalto, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse hoje
(18) que a luta para barrar o impeachment no Senado está “apenas começando”.
Ontem (17), a Câmara aprovou, por 367 votos a favor, 137 contra e sete
abstenções, a admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma. “O
objetivo da reunião foi mostrar para a presidenta nossa disposição de
continuarmos unidos na luta contra o impeachment. A luta está apenas começando.
Tem um longo período de disputa política. A presidenta está muito otimista. É
impressionante como o astral da presidenta está bom, está animada. Ela
agradeceu muito a nossa honradez”, disse Guimarães. Além de Guimarães, outros
22 parlamentares estiveram no Planalto para prestar apoio a Dilma, entre eles
os peemedebistas Marcelo Castro e Celso Pansera, que foram exonerados dos
cargos de ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação para votar
contra o impeachment.
STF mantém julgamento sobre a posse de Lula na
quarta-feira
Mesmo após a Câmara aprovar o impeachment da presidente
Dilma Rousseff, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter na pauta do
plenário da próxima quarta-feira (20/4), o julgamento sobre a posse do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa
Civil. Segundo uma fonte do Tribunal, como a presidente Dilma continua à frente
da Presidência até o processo ser votado no Senado, não haveria por que adiar a
discussão sobre Lula no ministério. O advogado do ex-presidente, Cristiano
Zanin, tem uma audiência nesta segunda-feira (18/4), com o presidente do STF,
Ricardo Lewandowski, para conversar sobre assunto.
Escolha de relatora no Senado abre batalha entre PT e
nova oposição
A bancada do PT no Senado reagiu nesta segunda-feira (18)
a um acordo traçado entre a oposição e setores do PMDB para
indicar a senadora Ana Amélia (PP-RS) como relatora do processo de impeachment
da presidente Dilma Rousseff na Casa. Para os petistas, a senadora não tem
isenção para conduzir o caso porque o PP fechou questão em favor da saída da
presidente, inclusive com a ameaça de expulsão dos parlamentares que votarem
contra a deposição. “Nesse caso aqui somos juízes. Precisa ser alguém que tenha
imparcialidade. E Ana Amélia não pode ser porque não tem imparcialidade. Ela já
indicou o voto há muito tempo”, disse Lindbergh Farias (RJ) ao fim da reunião. Segundo
o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE), o PT pode até não indicar um
correligionário para o posto mas vai fazer questão de participar do processo de
escolha.
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