Um caso de suprema hipocrisia
”A forma mais vergonhosa de chegar ao poder é tentar
derrubar um mandato legal”
Isso foi dito por Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, em
discurso para petistas, sábado, em Fortaleza.
Também disse que “o país vive um clima de ódio” e que defender o
impeachment de Dilma “é agir como golpista”. Disse, ainda, que “filhos de
Temer serão cobrados por golpe”
Pois é! Tudo seria
absolutamente normal e sério, se a história do autor não fosse bem conhecida de
todos os brasileiros. Desde que apareceu no cenário político, vindo de uma luta
sindical da qual participou desde jovem e que aumentou depois que, também muito
jovem, se aposentou ao perder um dedo da mão, Luiz Inácio lutou com todas as armas, algumas legais, outras nem tanto, para chegar ao poder. Fez as mais
absurdas alianças e levou parte de seu tempo afirmando que presidia um partido
diferente dos tradicionais. Declarou, várias vezes, que o PT era o partido da
transparência, da legalidade, do anti-conchavo, da transição para a honestidade.
Enquanto tentava se eleger presidente da República, Lula,
comandou, a maioria das vezes por debaixo dos panos, tentativas de impeachment contra
dirigentes com “mandato legal”. Foi para as ruas ao lado dos caras pintadas,
muitos hoje denunciados pela Lava Jato, e conseguiu derrubar Collor do poder.
Não satisfeito, berrou contra Sarney e contra FHC, pedindo o impeachment dos
dois. Fora Sarney e Fora FHC se lia em quase todos os muros do Brasil, em
pichações comandadas por Lula e seus seguidores. Jamais, em momento algum, se
ouviu alguém afirmar e gritar histericamente, que os pedidos de impeachment
comandados por Lula e o PT, eram tentativa de golpe contra alguém eleito
legitimamente pela maioria dos brasileiros. Lula comandava repito, muitas vezes
no anonimato, a tentativa de derrubada de políticos que ocupavam um mandato
legal, coisa que hoje ele chama de golpe.
Sobre o “clima de ódio” instalado no Brasil, nada soa mais hipocritamente
do que as palavras de alguém que, em todos os momentos separa ricos de pobres,
brancos de negros e grita contra o que considera elite, mesmo sendo um dos
homens mais ricos do Brasil.
Quando fala em “filhos de Temer”, matreiramente tenta tirar
das costas de seus próprios filhos, as inúmeras acusações de envolvimento em
transações ilícitas detectadas pela Operação Lava Jato. Falando nos filhos dos
outros, quem sabe o brasileiro esquece dos seus.
Agora, acobertado pelo verdadeiro golpe aplicado nas
instituições e eleitores brasileiros, busca um foro privilegiado para fugir do
julgamento de um juiz que está mostrando a todos nós, a lama imunda da
corrupção, institucionalizada nos governos petistas. Mas, como só fala para
petistas, sindicalistas e movimentos ligados ao partido, Lula usa o enigmático
Instituto Lula quando precisa tentar esclarecer alguma coisa e não quer se
colocar às claras para o povo.
Amparado pelo STF e pela Justiça, a quem classificou de “acovardados”,
Lula vai despejando sua ira e fazendo seu teatro particular em reuniões de
companheiros. Mas que ninguém duvide que, de alguma forma, ao mesmo tempo em
que berra contra tudo e contra todos, prepara alguma coisa que salve sua pele e
lhe permita voltar ao cenário político em 2018.
Está mais do que na hora do povo brasileiro mostrar que tem
memória e que não quer mais corruptos e ladrões dirigindo o Brasil. Quem ainda
tem alguma dúvida, que leia a primeira frase deste comentário.
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