Debandada cresce e
Planalto reconhece situação crítica
Planalto reconhece situação crítica
Foto: Reprodução |
Auxiliares de Dilma e até o ex-presidente Lula
reconhecem, em privado,
que a perda de apoios deixou o cenário ainda mais
desfavorável
ao governo no Congresso
Palácio do Planalto e líderes governistas
no Congresso consideram que a situação política da presidente Dilma Rousseff no
Congresso se agravou de maneira drástica com a debandada de partidos
importantes da base aliada.
A oposição dizia já ter os votos necessários, 342. Na
contabilidade do Planalto nesta quarta-feira, havia 188 votos pró-Dilma. O
Estado, porém, apurou que Dilma não contava com os votos necessários (171) e
que, em privado, o governo reconhecia a situação crítica e apostava nas ausências.
Outro ponto de preocupação dos governistas era o silêncio
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao Senado. Em conversas
reservadas, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não
conversa com o petista desde março. O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE),
também afirmou não ter sido procurado por Lula. Nos bastidores, o comentário é
que o ex-presidente considera muito difícil barrar a abertura do processo de
impeachment na Câmara no domingo. Tudo está sendo feito, porém, para evitar uma
“derrota humilhante”. Segundo um auxiliar de Dilma, o Palácio do Planalto não
pode ser humilhado porque, se isso ocorrer, não há chance de reverter o cenário
no Senado.
(Estadão.com/ Conteúdo)
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