segunda-feira, 18 de abril de 2016

Bom Dia!

O começo do fim!

Não há como negar que as coisas ficaram definitivamente comprometidas para o lado do governo, especialmente para Lula e seu PT. Depois de muitos e muitos anos no poder, fora os que estiveram na oposição, azucrinando e tentando derrubar quem estava governando, começam a voltar para o lugar de  origem.

O prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), escancarou a fragilidade do apoio (?) político ao governo. Afinal, Dilma precisava de tão somente 172 votos para se garantir no Planalto. Faltaram 35. O governo chegou aos 137 votos, ou seja, apenas 137 deputados, dos 511 presentes,  estiveram ao lado da presidente, representando aqueles que desejam sua permanência na presidência.

Por outro lado, a tão glorificada influência de Lula na vida política brasileira, resultou em nada, ou quase nada. Depois de passar duas semanas hospedado num hotel de luxo em Brasília, recebendo políticos de toda a parte, oferecendo cargos e mais cargos, prometendo verbas milionárias em troca de apoio ou votos, Luiz Inácio viu seu castelo ruir fragorosamente. Ele, provavelmente, deve ter influenciado para que alguns deputados, mesmo da base de apoio governamental, trocassem de posição e votassem contra Dilma.

Nas ruas, o que se viu, foi um bando de sindicalistas e representantes de movimentos ditos sociais, como MST, MTST, CUT e outros, vestindo camisetas vermelhas e empunhando bandeiras de suas agremiações, tentando mostrar uma força que existe somente na memória de alguns.

No plenário, a cada voto do PT, do PCdoB, além de alguns poucos aliados, o que se ouvia eram berros contra Cunha e Temer e ameaças claras de luta nas ruas, numa tentativa infundada de divisão de classes. Para os que votaram em favor de Dilma, era uma disputa entre pobres e ricos, entre brancos e negros. Uma tristeza.

Enquanto a oposição se esforçava para homenagear parentes, antepassados, cidades e estados, em votos longos e repletos de clichês, alguns parlamentares se esforçavam para levantar cartazes e gritar palavras de ordem. Sem falar nos que, com preparo físico elogiável, passaram o tempo todo parados ao lado dos votantes, tipo papagaios de pirata, olhando sem disfarçar para as lentes que mostravam o orador. Uma vergonha.

No fim, a oposição contou 367 votos, 25 mais do que precisava (342), enquanto o governo somou 137, 35 menos dos necessários (172) para impedir o prosseguimento do processo de impeachment.

A pergunta que fica depois de não sei quantas horas de discursos e votação, é como um governo, caso o impeachment seja negado no Senado, vai se sustentar com uma base quase insignificante no Congresso? Os projetos de mudança, o pacto que o governo anunciou para depois da votação, dificilmente alcançariam os votos necessários para aprovação.

Para não me alongar, sou dos que creditam ao governo e especialmente ao ex-presidente Lula, toda a culpa pela derrota de ontem e pelo começo do fim de algo que pensaram que fosse eterno. Nada é eterno, principalmente quando alimentado por ódio, vingança e, principalmente, corrupção desenfreada.

Mais tarde vou escrever sobre as abstenções. Preciso dar um tempo ao estômago!

Tenham todos um Bom Dia!

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