Com a retirada de delação, PT quer mais tempo para defesa
de Dilma
Com a retirada da delação do senador Delcídio do
Amaral (sem partido-MS) do pedido de impeachment, deputados do PT querem que a
contagem do prazo para que a presidente Dilma Rousseff apresente
a sua defesa seja reiniciada. A decisão de
excluir os depoimentos do ex-líder do governo no Senado foi
tomada nesta terça-feira (22), após um acordo com a oposição, e anunciado
oficialmente pelo presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF).
Os deputados do PT argumentam que Dilma precisará ser
notificada novamente – desta vez, sem o conteúdo da delação. Com isso, eles
pedem que o prazo de dez sessões plenárias (de votações ou apenas de discursos)
para que ela apresente a sua defesa volte à estaca zero.
Pagamento de
propina continuou após prisão de Odebrecht, diz MPF
A força-tarefa da Lava Jato afirmou nesta terça-feira
(22) que a Odebrecht, uma das empresas investigadas na operação, tinha uma
estrutura profissional de pagamento de propina em dinheiro no Brasil. A
empresa, ainda conforme a investigação, tinha funcionários dedicados a uma
espécie de contabilidade paralela que visava pagamentos ilícitos. A área era
chamada de "Setor de Operações Estruturadas". O Ministério Público
Federal (MPF) afirma que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a
diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais.
Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos
Fernando dos Santos Lima. “Se chegou a observar R$ 9 milhões de um dia para
outro em dinheiro em espécie”, disse a procuradora do Ministério Público
Federal (MPF) Laura Gonçalves Tesser. Os pagamentos ilegais ocorreram já com
mais de um ano da Lava Jato em curso.
Estado Islâmico assume autoria dos atentados em Bruxelas
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria
dos atentados em Bruxelas que mataram nesta terça-feira mais de 30 pessoas e
feriram mais de 160, segundo a agência de notícias Amaq, vinculada à
organização jihadista. Em comunicado divulgado em inglês, a agência afirma que
combatentes do grupo "detonaram uma série de bombas, coletes e outros
explosivos no aeroporto e em uma estação de metrô do centro de Bruxelas,
capital da Bélgica, um país que participa da coalizão internacional contra o
Estado Islâmico". Anteriormente, em um comunicado publicado na plataforma
Telegram, o EI tinha informado que a operação em Bruxelas "foi baseada em
uma planificação e atuação em grande velocidade". Os atentados na Bélgica
ocorreram dias após a prisão de Saleh Abdeslam, o principal suspeito dos
ataques terroristas de Paris em novembro, após quatro meses de uma operação de
busca e captura. O EI informou ainda que vai realizar "outras operações na
Europa".
PGR inclui mulher de Collor em denúncia da Lava Jato no
STF
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um
aditamento na denúncia apresentada no ano passado contra o senador Fernando
Collor de Mello (PTB-AL) para inclusão de mais fatos criminosos atribuídos ao
parlamentar e para acusar mais pessoas ligadas a Collor por envolvimento no
esquema de fraude à Petrobras, entre essas pessoas está Caroline Serejo Collor,
mulher dele. Segundo as investigações, Caroline tem ligação com a remessa de
recursos desviados para contas no exterior e envolvimento com uso desse
dinheiro para compra de carros de luxo - ela é sócia junto com Collor da
empresa Água Branca Participações, proprietária de quatro carros, como um
Porsche, uma Ferrari e um Lamborghini, que chegaram a ser apreendidos na
Operação Politeia, um desdobramento da Lava Jato.
Dilma diz que não renunciará
Em novo discurso duro contra a oposição que tenta
derrubá-la do governo, a presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta terça-feira
(22) que "jamais" renunciará ao cargo e voltou a comparar sua cada
vez mais fragilizada situação no Planalto a uma tentativa de golpe tramada por
seus adversários. "A estratégia que parte das oposições é uma
atitute anti-republicana e anti-democrática por tentar acabar com o meu mandato
votado pelo povo brasileiro. Eu de fato jamais imaginei algo assim depois
da ditadura. Eu preferia não viver este momento, mas que fique claro que
me sobram energia, disposição e respeito à democracia para enfrentar essa onda
anti-democrática que ameaça o País", afirmou a presidente. Após encontro
com juristas na manhã desta terça, Dilma voltou a afirmar que não
renunciará "em hipótese alguma"
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