Impeachment é golpe?
Acabei de ler as declarações de Luiz Inácio afirmando que
“é loucura” o pedido por impeachment ter sido aceito. O guru petista, entre
outras coisas, criticou a oposição que, no entender dele, “busca um terceiro
turno das eleições de 2014”. E disse que está indignado.
Voltei um pouco no tempo e fui dar uma olhada na
fotografia de 1999 em que Zé Dirceu, que está preso por ladrão, acompanhado de
Luiz Inácio e outros iguais, encaminhava pedido de impeachment do presidente,
eleito por maioria, assim como alegam que Dilma foi, Fernando Henrique Cardoso.
Antes o PT já havia comandado pedidos de impeachment de Collor de Mello e de
Itamar Franco, além de pintar muros pelo Brasil com a frase “Fora Sarney”.
Naquela época, com pompa e circunstância, nenhum dos
petistas da foto admitia que se chamasse de golpe a tentativa de tirar da
presidência, alguém que recebera o voto da maioria dos brasileiros. Nem
alegavam que estavam ali pedindo um terceiro turno.
Evidente que os petistas, principalmente os mais
fanáticos, aqueles que devem formar os 10% que apoiam o governo da presidente
Dilma, dirão que se trata de momento diferente, que as coisas não eram como
agora, que a legitimidade só foi alcançada graças ao PT, que a honra e a
honestidade estão instaladas no Brasil graças aos governos petistas e outros
tantos argumentos que servem apenas para satisfazer o ego dos que ainda
imaginam que o PT existe.
Luiz Inácio ainda falou em “retrocesso”, em defender o “resultado
das urnas”, tumultos pelo Brasil, sem lembrar, é claro, que faz pouco tempo que
pediu que seu fiel companheiro Stédile, trouxesse o exército do MST para as
ruas.
Enquanto isso, no STF, alguns deputados do PT, entre eles
o risível Paulo Pimenta, entravam com pedido de suspensão do processo.
Desistiram quando ficaram sabendo que o relator, sorteado, seria o ministro
Gilmar Mendes.
Certamente preferiam algum daqueles abertamente identificados com
o PT. Recuaram, mas não levaram. O ministro negou o pedido e ainda encaminhou denúncia
contra o PT por desacato à decisão do STF.
Os outros dois pedidos foram entregues aos ministros
Celso de Melo, que já negou a ação, e ao ministro Luiz Edison Fachin, que
defendeu o Paraguai contra o Brasil e foi advogado do MST. Vamos esperar para ver a decisão dele.
Ainda esbravejando que “impeachment é golpe”, Luiz
Inácio, lépido e faceiro, deve viajar para o exterior nas próximas horas, ou
dias, acompanhado de quatro servidores públicos, pagos por todos nós,
devidamente liberados por Ricardo Berzoini, um de seus asseclas colocado no
Planalto.
Finalmente, a conclusão lamentável a que chegam os petistas, é que os pedidos de impeachment de Collor, Itamar e FHC,
eram momentos de pura democracia, já contra Dilma, é golpe. E dizem isso sem
ficar vermelhos!
Tenham todos um Bom Dia!
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