quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Rapidinhas


Ministros do STF dizem que plano de fuga era coisa gangster
Quando foram informados pelo relator Teori Zavascki sobre a ousadia e a extensão do plano de fuga de Nestor Cerveró, os ministros do STF deram apoio à decisão de conceder liminar para a prisão de Delcídio Amaral, o advogado Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves.Incrédulos e chocados, ministros de referiram ao estratagema como “coisa de gângster”. "Na história recente da nossa pátria, [a sociedade] acreditou que uma esperança tinha vencido o medo. Na ação penal 470 [mensalão] vimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece que o escárnio venceu o cinismo", disse a ministra Cármen Lúcia. "Uma instituição séria da República, como o Senado, que já acolheu figuras como Rui Barbosa (...), não pode de qualquer forma ser comprometida por condutas absolutamente imorais de pessoas que não sabem honrar a República, que não toleram a democracia e que não respeitam os cidadãos brasileiros. A decisão [de prender Delcídio] não confunde imunidade com impunidade", completou. Decano do STF, o ministro Celso de Mello também foi enfático ao referendar a decisão do relator, Teori Zavascki, de determinar a prisão cautelar do senador petista. "Ninguém, nem mesmo o líder do governo no Senado Federal, está acima das leis que regem o país".

Novo delator da Lava Jato, Cerveró diz que André Esteves pagou propina a Collor
Novo delator da Operação Lava Jato, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse, em acordo de colaboração premiada, que o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, pagou propina ao senador Fernando Collor (PTB-AL) em um contrato de embandeiramento de 120 postos de combustíveis em São Paulo. Os postos pertenciam conjuntamente ao BTG e ao Grupo Santiago. A descrição de trecho da delação de Cerveró foi anexada em despacho do ministro Teori Zavascki sobre os pedidos de prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), do advogado Edson Ribeiro, do chefe de gabinete Diogo Ferreira e do próprio banqueiro André Esteves.

Governo estuda adiar alta do salário mínimo para reduzir déficit
O governo está avaliando adiar aumentos do salário mínimo no próximo ano para aliviar a pressão sobre as contas públicas, mesmo que a medida seja impopular e exija uma mudança na legislação, disseram à agência Reuters três fontes com conhecimento das discussões. A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff está analisando uma proposta para adiar por vários meses o reajuste do salário mínimo, previsto para janeiro, que somaria 40 bilhões em gastos extras no próximo ano, segundo um assessor da presidente. Atualmente, a lei determina que o governo eleve o salário mínimo a cada ano em janeiro, corrigindo-o pela inflação do ano anterior e pelo crescimento econômico dos dois anos antecedentes. Mas adiar o reajuste teria um alto custo político para Dilma, que enfrenta baixa popularidade, disseram o assessor e outra autoridade a par do assunto.

Colaboração de filho de Cerveró levou à prisão de Dulcídio
Foi graças a Bernardo Cerveró – filho do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró – que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela prisão do ex-senador Delcídio do Amaral na Lava Jato. Delcídio foi preso na manhã desta quarta-feira num hotel de Brasília. Bernardo, que é ator e produtor artístico, foi procurado pelo senador petista e ouviu, sem contestar, a proposta de Delcídio para que Nestor Cerveró não o denunciasse numa colaboração premiada. Em troca, Cerveró teria fuga garantida do país e um “mensalinho” de R$ 50 mil. Bernardo gravou o encontro, em que a proposta criminosa foi feita, com Delcídio e passou o material ao Ministério Público.
De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, Bernardo temia que as pessoas com quem mantinha “tratativas lhe fizessem algum mal”.

Em reunião de emergência, senadores do PT são informados de que provas contra Delcídio são “robustas
Os estragos causados pela prisão, hoje, do senador Delcídio do Amaral (PT) mal começaram a ser computados. Em um informe feito hoje ao restante da bancada, em uma reunião convocada às pressas para debater o tema, o senador José Pimentel disse que as provas contra Delcídio são "robustas" e que sua situação política está insustentável. Não é só a opinião de Pimentel. Ele acabara de deixar um encontro de avaliação no Palácio do Planalto com os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil).

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