sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Bom Dia!

Concessões? Eu aprovo!

Nos governos passados, o PT chamava de privatização. Depois que assumiu o poder, trocou a roupa das medidas e passou a chamar de concessão. Pode ser que haja até alguma diferença entre uma e outra, mas acho que, no fundo, é tudo a mesma coisa. Entrega- se à administração, por exemplo, de uma estrada, para o setor privado que vai abrir, pavimentar e conservar o caminho. Em troca, vai cobrar pedágio. Tipo assim como é feito na ‘friuei’, como diz o Prévidi.

Agora mesmo o governador Sartori está finalizando um programa estadual de concessões envolvendo as secretarias do Transporte e do Planejamento e que inclui a RSC 287, ligação entre Candelária e Santa Maria, a ERS 324, ligando Nova Prata e Passo Fundo e a ligação Santa Rosa, Santo Ângelo e Ijuí.  

Inicialmente o governo abrirá licitações em que as empresas devem apresentar, baseado em diretrizes determinadas pelo Piratini, um cronograma de obras, número de praças de pedágio e valor da tarifa, para uma concessão de 30 anos.

Tudo parece bem encaminhado com o governo federal e, até o final do processo, ainda podem ser incluídas a duplicação da ERS 122, entre São Vendelino e Farroupilha e a problemática ERS 118, que liga Viamão e Sapucaia do Sul. A única dúvida do governo em autorizar as obras na ERS 118, está no fato de que terá que ser implantada a cobrança de pedágio. Bem, mas se o governo não tem verba para duplicar a estrada, não poderá fugir do pedágio.

Por falar em pedágio, utilizo seguidamente a BR 290, para ir visitar meu irmão em São Gabriel. Até pouco tempo, a estrada era bem cuidada, muito bem sinalizada e asfaltada. A gente pagava pedágio mas viajava tranquilo. No governo passado, as praças de pedágio foram desativadas e demolidas. Hoje, a estrada está em péssimas condições.

É mais ou menos como disse Vinicius de Moraes em Cotidiano número 2: “...se foi prá destruir, por que é que fez?”

E olhem que falei só em concessões de estradas. Temos muitos, mas muitos outros setores que também devem ser incluídos no programa de concessões, pois existem organismos que somente incham a máquina pública e esvaziam os cofres do governo. Não oferecem qualquer tipo de receita, apenas despesas.

A pergunta que faço, é a seguinte: É justo o governo pagar para ter prejuízos? Se não há dinheiro nem para pagar a folha do funcionalismo, manter estruturas gigantescas que só trazem despesas é a solução? Na minha opinião não, e é o motivo principal para que eu seja totalmente a favor das concessões.

Tem gente que tem uma bela casa de praia, que aproveita todos os finais de semana, mas reclama por pagar pedágio para chegar lá. E só vão para a praia, pois sabem que a estrada é muito boa. Se fosse mal cuidada, esburacada, sem sinalização, sem socorro mecânico e médico, será que iriam?

Sempre que quero o melhor, digo para a minha mulher que temos que pagar, caso contrário, optamos pelo mais barato. A qualidade tem preço e não sei se o governo, com a obrigação de sustentar uma máquina monstruosa, tem dinheiro para pagar. Ficar fazendo empréstimos que jamais terminam, parece não ser a melhor solução. Mas também parece que é o que muitos querem. É mais fácil!

Tenham todos um Bom Dia!

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