Difícil de entender!
Desde a última sexta-feira, dia 13, o mundo está com
atenções voltadas para a França. Terroristas do Estado Islâmico mataram dezenas
de pessoas e feriram outras tantas. Em nome do que? Provavelmente ninguém
saiba. Muitos até imaginam!
Certamente impregnados de um fanatismo doentio, terroristas
islâmicos procuraram lugares onde as pessoas estavam reunidas em busca de
diversão e despejaram seu ódio contra o mundo que eles não querem admitir, destruindo
o que eles suponham esteja contra seu radicalismo extremo.
Muitos, nas redes sociais, se acharam no direito de emitir
opinião, outros ficaram alheiros e diversos radicalizaram, principalmente em
relação ao fato de alguns colocarem as cores da bandeira francesa sobre suas
fotos no Facebook. Fui um deles.
Minha colocação se originou no fato de que, praticamente
todos, ou todos os que se solidarizaram imediatamente com os franceses, não
fizeram o mesmo quando aconteceu a tragédia em Mariana (MG), onde pessoas, incluindo
várias crianças, morreram soterradas por uma lama imunda vinda da barragem de
uma mineradora. Os que sentiram a dor dos mineiros, ficaram em silêncio, jamais
pensaram em colocar o verde e amarelo sobre suas fotos.
Mas o que talvez não tenha conseguido deixar claro nas
minhas manifestações, é que jamais tive a intenção de confrontar um episódio
com o outro.
Simplesmente escrevi que as tragédias eram iguais. Se em Paris
aconteceu uma tragédia fruto da intenção de terroristas de matar pessoas, em
Mariana aconteceu uma tragédia fruto da irresponsabilidade de quem não cuidou,
como devia, da barragem que rompeu.
Se na sua essência as tragédias são diferentes, no resultado
são praticamente iguais. Se alguém tiver dúvida, que se ponha no lugar de
familiares das pessoas que morreram em Paris ou em Mariana.
O que importa a partir de agora, no meu entender, é buscar
um jeito de impedir que episódios como os que aconteceram em Paris, se repitam.
Claro que é difícil, já que deixaram o Estado Islâmico crescer de uma forma
que dificilmente alguém pode afirmar que seus líderes estejam aqui ou ali.
Bombardear cidades, como fizeram os franceses no domingo, nem sempre trará resultados
positivos, já que ninguém pode garantir que o objetivo, acabar com o EI, foi
alcançado.
O que resta do acontecido na França, é o medo que se
instalou na população e nas autoridades que, permanentemente avisam que novos
ataques podem ocorrer. Não há um momento de paz e tranquilidade para quem vive
lá, pois ninguém pode afirmar que, ao entrar num supermercado, numa universidade,
num coletivo, não está ao lado de um terrorista.
Se é tudo muito difícil de entender, imagine a dificuldade
para aceitar.
Tenham todos um Bom Dia!
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