Bom Dia!

Semana curta. E grossa!

Como tem acontecido nos últimos dias, segundo os meteorologistas por culpa do El Niño, iniciamos a semana com tempo nublado e anúncio de chuvas para os próximos dias. Aliás, falam que as chuvas cairão até o Natal, tudo por conta do El Niño. Fazer o que?

Mas a semana, que para os funcionários públicos será curta por conta da comemoração do seu dia na sexta-feira, começa com uma série de notícias que não nos permitem fugir da realidade que estamos vivendo faz muito tempo. Tem sido difícil começar uma semana sem que o noticiário nos coloque diante de fatos que, no mínimo, preocupam bastante. Outros, pelo inusitado de conteúdo, chegam a ser engraçados.

Vejam a entrevista do amigo de Luiz Inácio, o pecuarista, rico, José Carlos Bumlai, envolvido nas delações de Fernando Baiano, o lobista preso na Operação Lava Jato. Na semana passada, só para lembrar, Baiano disse que repassou R$ 2 milhões para Bumlai que precisava resolver um problema de uma das noras do ex-presidente. Era dinheiro resultante das propinas da Petrobras. Parece que a nora de Luiz Inácio precisava da grana para pagar um apartamento. Gente rica, só mora em apartamento de milhões.

Pois no final de semana, Bumlai deu entrevista ao jornal Estado de São Paulo afirmando que o dinheiro, que não era R$ 2 milhões, mas apenas R$ 1,5 milhão, foi repassado a ele “por empréstimo, para pagar seus funcionários”. O pecuarista afirmou que passou por dificuldades financeiras em 2011. Inclusive mostrou o extrato de sua conta bancária onde a entrada do dinheiro está registrada.

Li a entrevista toda e, em nenhum momento, encontrei qualquer informação sobre a forma como o “empréstimo” foi pago, mesmo depois de quatro anos. Parece até que Fernando Baiano, num gesto de extrema bondade, perdoou a dívida do amigo do ex-metalúrgico.

Mais adiante, provavelmente sem qualquer interesse, Bumlai confirma que, conforme delatou Fernando Baiano, e a seu pedido, levou o presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz para uma audiência com Luiz Inácio na sede do Instituto Lula, casualmente em 2011, quando o pecuarista passava por grave crise financeira. A Sete Brasil, na ocasião, negociava contratos com a Petrobras para a compra de navios-sonda. Não é de rir?

Enquanto isso, durante reunião com o pessoal do MST, Luiz Inácio disse que está “muito irritado” com o aparecimento de seus familiares no meio das denúncias da Lava Jato. O ex não se conforma com o fato de antes ter que defender o PT e agora a acusações envolvendo sua família.

Detalhe: Luiz Inácio e José Carlos Bumlai juram de pés juntos que não cometeram aquilo pelo que estão sendo acusados. Então tá!

Dá para se ver que a semana, mesmo sendo curta, será grossa. Pelo menos em informações envolvendo os mesmos de sempre.

Tenham todos um Bom Dia!