Uma Jovem Guarda de 50 anos
“É uma brasa, mora”, era a frase que Roberto Carlos usava
para abrir o programa Jovem Guarda, todos os sábados na TV Record. Ao lado
dele, Erasmo, o Tremendão, Vanderléa, a Ternurinha, e o Grupo RC 7. Quando o
Rei entrava no palco, a multidão que lotava o Teatro Record não parava mais de
gritar e cantar.
Lembro, como se fosse hoje, daquelas tardes de imensa
alegria, preenchidas com letras singelas e ritmo bem ao gosto dos jovens da
época. Era 1965, eu tinha 24 anos e praticamente não perdia um só programa.
Martinha, Os Vips, Eduardo Araújo e Silvinha, Os Golden
Boys, Ed Wilson, The Feevers, Renato e seus Blue Caps, Carlos Gonzaga, Jerry
Adriani e tantos outros cantores e cantoras formavam o chamado grupo da Jovem
Guarda.
Depois de um tempo, o programa acabou, mas a jovem guarda
seguiu seu caminho, cada um buscando espaço entre a juventude que não se
cansava de aplaudir e de comprar LPs e discos compactos lançados por eles.
E lá se vão 50 anos! Os jovens ficaram mais velhos,
muitos já não estão conosco, outros deixaram de cantar e só se reúnem quando
querem lembrar de um tempo que, certamente, nunca esqueceram.
Como nós, jovens daquela época, idosos de hoje, que volta
e meia nos pegamos cantarolando uma música do Roberto, do Erasmo ou da
Vanderléa. É o momento mágico que nos faz voltar no tempo e ficar esperando que
o Roberto Carlos repita: “É uma brasa, mora”.
Todos nós que vivemos a Jovem Guarda, guardamos alguma
recordação de um namoro mal resolvido, de uma reunião dançante, de um baile, de
uma paixão platônica e de um tempo que, pelo menos para mim, seguirá sendo uma
brasa, mora!
E para comemorar os 50 anos da Jovem Guarda, durante a
semana vou relembrar, no Som do dia, as músicas daquele tempo. Espero que
vocês curtam e lembrem, os do meu tempo, é claro, o quanto a Jovem Guarda
alegrou nossa juventude!
Tenham todos um Bom Dia!
Música: Quero que vá tudo pro inferno
Intérprete: Roberto Carlos
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