As montadoras e a redução dos salários.
A presidente Dilma Rousseff (PT), diante dos humilhantes 9%
de popularidade, vem fazendo das tripas coração para tentar recuperar um pouco
do prestígio que perde todos os dias. Sua mais nova peripécia foi editar a MP
que autoriza empresas a reduzirem a jornada de trabalho e consequentemente, os
salários de seus empregados, em 30%. Assim, quem ganha R$ 5 mil, passaria a
ganhar R$ 3.500. Mas, como o governo é muito bonzinho, vai pagar 50% dos 30%
descontados, através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o que deixaria o
salário do operário em R$ 4.250, com a garantia de que não seria demitido. Pelo
menos por um tempo.
Claro que todos sabem de onde vem o dinheiro do FAT, não?
Pois o governo que quer arrecadar mais, usa o dinheiro fruto da arrecadação
para manter empregos, impedindo o desemprego que teve origem no desgoverno
implantado no Brasil.
Na realidade, o setor mais atingido pela possibilidade de
demissões, é o dos fabricantes de automóveis. No ABC, as montadoras estão dando
férias coletivas e demitindo como nunca.
Acontece que o pátio das montadoras, todas elas, estão superlotados
de carros recém-fabricados, aguardando por novos proprietários. Certamente
todos serão comercializados pelos preços mais absurdos do mercado.
Aqui no Brasil, o preço de um carro chamado de popular, é
superior a R$ 35.000, valor que se paga por um carro de luxo, por exemplo, nos
Estados Unidos.
Agora, perguntem aos fabricantes se eles querem diminuir
seus lucros baixando os preços dos carros? Se não é o momento de ajudar o
governo a enfrentar a crise econômica? Aliás, perguntem ao próprio governo se
não seria melhor, antes de baixar o salário dos operários, interferir no preço
dos carros, ordenando que as montadoras abrissem mão de parte de seus lucros
fantásticos? Será que com preços mais acessíveis, as montadoras não venderiam
mais?
Claro que o governo não faria algo assim, pois tal atitude
implicaria em perder arrecadação de impostos e taxas. Melhor, então, que os
brasileiros, paguem, como sempre.
Falando em pagar, alguém tem ideia de quanto pagamos pelos
gastos com o cartão corporativo feitos pela presidente?
É só uma pergunta, e perguntar não ofende!
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