quarta-feira, 8 de julho de 2015

Opinião

As montadoras e a redução dos salários.

A presidente Dilma Rousseff (PT), diante dos humilhantes 9% de popularidade, vem fazendo das tripas coração para tentar recuperar um pouco do prestígio que perde todos os dias. Sua mais nova peripécia foi editar a MP que autoriza empresas a reduzirem a jornada de trabalho e consequentemente, os salários de seus empregados, em 30%. Assim, quem ganha R$ 5 mil, passaria a ganhar R$ 3.500. Mas, como o governo é muito bonzinho, vai pagar 50% dos 30% descontados, através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o que deixaria o salário do operário em R$ 4.250, com a garantia de que não seria demitido. Pelo menos por um tempo.

Claro que todos sabem de onde vem o dinheiro do FAT, não? Pois o governo que quer arrecadar mais, usa o dinheiro fruto da arrecadação para manter empregos, impedindo o desemprego que teve origem no desgoverno implantado no Brasil.

Na realidade, o setor mais atingido pela possibilidade de demissões, é o dos fabricantes de automóveis. No ABC, as montadoras estão dando férias coletivas e demitindo como nunca.

Acontece que o pátio das montadoras, todas elas, estão superlotados de carros recém-fabricados, aguardando por novos proprietários. Certamente todos serão comercializados pelos preços mais absurdos do mercado.

Aqui no Brasil, o preço de um carro chamado de popular, é superior a R$ 35.000, valor que se paga por um carro de luxo, por exemplo, nos Estados Unidos.

Agora, perguntem aos fabricantes se eles querem diminuir seus lucros baixando os preços dos carros? Se não é o momento de ajudar o governo a enfrentar a crise econômica? Aliás, perguntem ao próprio governo se não seria melhor, antes de baixar o salário dos operários, interferir no preço dos carros, ordenando que as montadoras abrissem mão de parte de seus lucros fantásticos? Será que com preços mais acessíveis, as montadoras não venderiam mais?

Claro que o governo não faria algo assim, pois tal atitude implicaria em perder arrecadação de impostos e taxas. Melhor, então, que os brasileiros, paguem, como sempre.

Falando em pagar, alguém tem ideia de quanto pagamos pelos gastos com o cartão corporativo feitos pela presidente?

É só uma pergunta, e perguntar não ofende!

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