quarta-feira, 8 de julho de 2015

Bom Dia!

Em tempos de poesia!


Meu amigo Clóvis Medeiros, meu vizinho na rua Visconde do Herval, quando a gente era bem jovem, hoje compartilha comentários no Facebook onde somos amigos também. 

Pois o Clovis teve uma ideia sensacional, digna da sensibilidade dele para coisas bonitas.

Acho que cansado de ouvir tanta bobagem que os "letristas" escrevem para as músicas de hoje, ele sugeriu que os amigos passem a postar frases, versos, de letras de músicas antigas, todas repletas de poesia.

Pra começar,  ele lembrou de um verso da música As Vitrines, do Chico Buarque, que diz: "..cada clarão é como um dia, depois de outro dia, abrindo um salão. Passas em exposição. Passas sem ver teu vigia catando a poesia que entornas no chão."

E muitos outros começaram a lembrar de versos antológicos, onde cabe perfeitamente o verso de Orestes Barbosa, na música Chão de Estrelas: "...e a lua furando nosso zinco, salpicava de estrelas nosso chão. Tu pisavas nos astros, distraída..."

Dizer o que, para o Clóvis? Apenas dividir com ele a alegria e a emoção de lembrar de tanta coisa bonita que a gente começou a gostar com a vida que começamos a viver nas reuniões dançantes na casa da família Sena, na 20 de setembro. O encontro das ruas Visconde do Herval, 20 de setembro, Luiz Rosseti e Barão do Triunfo, uniu pessoas que, como o Clovis, conseguiram entender que a poesia é permanente e indestrutível. 

Obrigado, meu amigo Có, pela oportunidade de, como num filme, ver passar pela memória tantas imagens e tanta saudade.

Tenham todos um Bom Dia!




Música: As vitrines
Autor: Chico Buarque de Holanda
Interprete: Chico Buarque
Em homenagem ao Clóvis Medeiros



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