sexta-feira, 26 de junho de 2015

Operação Acrônimo

PF investiga possíveis "vantagens indevidas"
recebidas pela empresa de Carolina Oliveira


Pimentel e Carolina
A Polícia Federal apura se o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), recebeu vantagens indevidas e valores ocultos de empresas com interesse em contratos com o BNDES por intermédio da firma de sua mulher, Carolina Oliveira. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a polícia, a Oli Comunicação, de Carolina, e empresas parceiras receberam 3,6 milhões de reais entre 2012 e 2014 de empresas que "mantinham relações" ou tinham "interesses" no BNDES. O período abriga justamente o período em que Pimentel esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento, ao qual o banco de fomento é subordinado.

Na avaliação da PF, segundo o jornal, Pimentel e Carolina podem ter cometido "corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de capitais".Na segunda fase da Operação Acrônimo, deflagrada na quinta-feira, a PF encontrou planilhas que mostram pagamentos dos grupos Marfrig e Casino (que controla o Pão de Açúcar) de 595.000 reais e 363.000 reais, respectivamente. 

"É razoável inferir-se que pode ter havido simulação de contratação da Oli Comunicação pelo Grupo Casino e pelo Marfrig Global Foods, a fim de repassar valores que, em última análise, poderiam ter como destinatário o então Ministro de Estado titular do MDIC", disse a PF.

 A defesa de Carolina e Pimentel informou, no entanto, que os valores foram pagos para a MR Consultoria, empresa do consultor Mário Rosa, próximo de Pimentel. A PF também fez buscas na agência Pepper e encontrou repasses de 230.000 reais da empresa à Oli, em 2013, após ela receber do BNDES para "produção e manutenção de um hot site e peças para internet" da campanha "Conte com o BNDES".

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