quarta-feira, 27 de maio de 2015

Bom Dia.

A vaca tossiu


Assisti, durante algum tempo, os trabalhos no Senado onde estava sendo discutida e votada a medida provisória 665, que muda regras do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro defeso. Aproveitei para recordar as promessas de campanha da presidente Dilma que, em outubro do ano passado, disse que "não mudo os direitos trabalhistas nem que a vaca tussa".

Pois não é que, passados seis meses, tivemos um acesso de tosse tão grande que, provavelmente para fugir dele, a presidente foi para o México, de onde monitorou a votação.

Todos sabemos dos prejuízos que os trabalhadores terão com as mudanças que servem, única e exclusivamente, para que os brasileiros paguem a conta dos despesas absurdas e incontroláveis feitas pelos governos petistas nos últimos anos. Eles gastaram sem qualquer controle, pagando por votos necessários para sua manutenção no poder, e nós, como sempre, teremos que pagar a conta.

Para que todos fiquem sabendo o que muda, vou repicar o noticiário da manhã, primeiro falando nas mudanças dos direitos dos trabalhadores, depois  no que foi votado na Câmara, numa tentativa de alguns deputados querendo mudar o processo eleitoral no Brasil.

Tenham todos um Bom Dia!


Trabalhadores perdem direitos


O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (26) por 39 votos favoráveis e 32 contrários a medida provisória 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso. Como já havia sido aprovada pela Câmara e não sofreu alterações no Senado, a matéria segue para sanção presidencial.

Considerada pelo governo como necessária para o ajuste fiscal que visa reequilibrar as contas públicas, a MP 665 foi editada em dezembro de 2014 pela presidente Dilma Rousseff juntamente com a MP 664, que restringe o acesso à pensão por morte.

Ao todo, 11 senadores da base aliada votaram contra a MP, entre eles, três senadores petistas, partido da presidente Dilma Rousseff: Paulo Paim (RS), Lindbergh Farias (RJ) e Walter Pinheiro (BA).

Antes do início da sessão, os líderes partidários se reuniram com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar um acordo sobre o procedimento da votação dos textos. A ideia era definir se o plenário votaria destaques ao texto original separadamente ou em bloco, o que aceleraria o processo.

Logo no início da sessão, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) apresentou diversos requerimentos para votar separadamente cada emenda ao texto original na Câmara. A estratégia de obstruir a votação visava retardar ao máximo a aprovação do texto.

Após duas horas de discussão, o Senado rejeitou a análise individual de cada destaque. Também foram rejeitadas todas as alterações propostas pelos senadores.

Tumulto

A sessão foi interrompida por cerca de dez minutos após integrantes da Força Sindical se manifestarem nas galerias do plenário do Senado.

Enquanto o senador José Agripino (DEM-RN) falava na tribuna, os sindicalistas começaram a gritar nas galerias usando máscaras com a imagem da presidente Dilma Rousseff com chifres. Além das máscaras, os manifestantes cantaram o hino nacional e gritaram "Fora, PT".

Após a aprovação da MP 665, no momento em que os senadores discutiam se iriam continuar com a sessão ou se deixariam a votação da MP 664 para a sessão desta quarta, integrantes da Força Sindical voltaram a se manifestar e começaram a cantar: "PT pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão".

Após a conclusão da análise da MP 665, os senadores passaram a discutir se dariam continuidade à ordem do dia e votariam ainda nesta terça a MP 664, que restringe o acesso para o pagamento da pensão por morte. Após quase meia hora de discussão, os líderes partidários entraram em acordo para que a medida fosse votada na sessão desta quarta (27), antecipada para as 14h.

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