Investigadores da
força-tarefa da Operação Lava-Jato encontraram provas que reforçam as suspeitas
de que o doleiro Alberto Youssef foi sócio oculto da BR Distribuidora,
subsidiária da Petrobras, na construção de uma usina termoelétrica em
Pernambuco. A usina Suape II começou a ser erguida em 2008 e ficou pronta em
2013, após investimentos de R$ 600 milhões, por um consórcio formado pela BR e
duas empresas controladas indiretamente por Youssef: Ellobras e Genpower.
Documentos apreendidos
pela Polícia Federal e anexados nas investigações em fevereiro revelam uma
série de empréstimos entre a CSA Project Finance Ltda, empresa de fachada do
doleiro, com Nelson Luiz Belloti sócio da Ellobras Infra-Estrutura e
Participações. As transações somam R$ 929 mil e ocorreram durante o período de
licitação da Usina, entre 2007 e 2008.
O doleiro ainda teria
intermediado a venda da participação das duas empresas no consórcio formado
pela BR Distribuidora, MPE Montagens e Projetos Especiais, Genrent Participação
Ltda, Genpower e Ellobras. Um negócio de R$ 35 milhões.
Os investigadores
afirmam que a Ellobras e a Genpower são controladas pela CSA, empresa de que já
foi comandada pelo ex-deputado José Janene, morto em 2010, e estava sob o
domínio de Youssef. As duas tinham 40% das cotas do consórcio. As outras três
tinham 20% cada, incluindo a BR.
Quando venderam a sua
parte, a Ellobras e Genpower pagaram a CSA 3% do valor da transação. Em 2011, a
Petrobrás assumiu o controle da termelétrica, depois de o consórcio ter deixado
o controle da concessão. (Agência Globo)
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