Um relator de outro planeta
Ao ouvir o deputado Marco Maia (PT-RS) ler seu relatório
final da CPMI da Petrobras, comecei a pensar que estava diante de um ser de
outro planeta que desembarcara aqui minutos antes. Pelo que ouvi, o deputado
veio de um planeta onde todas as pessoas são honestas, principalmente seus
amigos, onde não se comete irregularidades e onde todos os negócios são, no
mínimo, razoáveis.
Com sua tradicional cara de pau, tantas vezes demonstrada
ao longo de suas atividades políticas, o petista foi lendo página por página de
um relatório surrealista, tantas as barbaridades que foram escritas pelo representante
do PT do Rio Grande do Sul.
Entre outras sandices, disse Marco Maia que a compra da
refinaria de Passadena, nos Estados Unidos, que causou um prejuízo de US$ 792
milhões aos cofres da Petrobras, foi um “negócio razoável” que não trouxe
grandes prejuízos ao Brasil. Esqueceu, certamente, que a própria presidente
Dilma, sua companheira de PT, afirmou que, se soubesse antes, não teria
autorizado a compra da refinaria. Também esqueceu o deputado, que outra companheira
sua, a presidente Graça Foster, da Petrobrás, declarou que Passadena foi “um mau
negócio”.
O relator não deve ter levado em conta as declarações de
suas companheiras de partido, ou deve ter desconsiderado a opinião das
presidentes da República e da Petrobras. Para Marco Maia, repito, foi “um
negócio razoável”.
E foi além. Disse, em seu relatório, que não via motivos
para indiciamento de ninguém, principalmente de políticos, ou seja, se ninguém
foi indiciado, se o principal objeto da CPMI foi um negócio razoável, a
Comissão deveria ser encerrada sem punir ninguém e sem indicar qualquer tipo de
contravenção. Tudo corre, segundo o deputado do PT, às mil maravilhas na
Petrobras.
A pergunta que milhões de brasileiros devem estar
fazendo, é de onde saiu este alienígena? Deve ter vindo de um mundo criado
exclusivamente por ele. Não é possível que uma pessoa, minimamente inteligente,
queira convencer a todos que, entre milhares de pessoas, apenas ele pense
certo.
A impressão que fica é que o deputado petista é tão
subserviente, tão cumpridor das determinações superiores, que chega ao ridículo
de apresentar um relatório que deve ter envergonhado, inclusive, muitos de seus
companheiros de PT. Se bem que vergonha não é forte de quem governa (?) o
Brasil.
Começo a quinta-feira com a convicção de que Marco Maia,
deputado do PT pelo Rio Grande do Sul, desembarcou faz muito pouco tempo, de
uma nave vinda de outro planeta. O relatório, assim como ele, é de um ridículo
nunca visto. Uma coisa de outro mundo.
Para maior vergonha da gente, o relator é gaúcho.
Nossa!!!!!
Tenham todos um Bom Dia!
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