Ala rebelde não quer aliança com PT
Teve início na manhã desta terça-feira, 11, a
convenção nacional do PMDB, que decide se mantém ou não a aliança com o PT para
a disputa presidencial. A ala rebelde da legenda aproveita o evento para fazer
campanha contra o apoio e entregou aos correligionários um documento intitulado
"Carta ao companheiro do PMDB" e assinado pelo Movimento PMDB
Independente.
Nele,
os dissidentes enumeram uma série de críticas ao governo da presidente Dilma
Rousseff, citando o aumento da violência, problemas na saúde pública, a
desestruturação do setor elétrico, as denúncias de corrupção que envolvem a
Petrobrás e a "condução intervencionista e populista da economia". A
convenção é realizada no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal.
"Definitivamente,
o PMDB não pode e não deve concordar com esse estado de coisas. O fato é que,
nos últimos anos, o partido foi preterido, desprezado e tratado como um mero
apêndice do PT. Essa situação é inaceitável", afirma a carta.
A
convenção desta terça servirá para chancelar ou não a aliança nacional com o
PT, reeditando a chapa encabeçada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e com
Michel Temer na vice.
Porta-voz
dos insatisfeitos, o deputado federal Danilo Forte (CE) afirmou que a maioria
dos votos do seu estado é contra o acordo nacional com os petistas. Isso mesmo
depois de o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), pré-candidato ao governo do
Estado, ter ontem garantido a Michel Temer que o Ceará votará pela aliança.
"O que vale é o sentimento da base", disse Forte.
Já
o deputado Leonardo Picciani (RJ) calculou que ao menos 80% dos mais de 70
votos que o Rio de Janeiro dispõe na convenção serão pelo rompimento. Embora a
cúpula do partido fale em um vitória segura, com margem com mais de 70% dos
votos pela aliança nacional, a ala rebelde aposta que o voto secreto trará
força ao rompimento. (Agência Estado)
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