Leite derramado
Me criei ouvindo os mais velhos afirmando que “não adianta
chorar sobre o leite derramado”. No momento, depois de um ano e cinco operações
para acabar com a adulteração do leite, estou convicto de que não adianta
chorar sobre o leite consumido.
Faz um ano que, querendo ou não, podemos estar consumindo
leite com bicarbonato, água oxigenada e soda, adicionados pelos produtores para
que o leite não seja descartado. Mas o pior de tudo, é que alguns empresários
presos ontem, em mais uma operação do Ministério Público, são reincidentes em
causos de fraudes. E seguem atuando em indústrias que processam o leite que é
servido, inclusive, para crianças.
Somente as industrias Pavlat e Hollman são responsáveis pela
distribuição de 1 milhão de litros (10% da produção diária no Estado) de leite
adulterado. Diretores e um funcionário destas empresas foram presos ontem. Se
ficarão presos, é outra história.
Quem adquiriu produtos da Pavlat e da Hollmann, por
orientação do MP, deve descartá-los, mesmo que as análises não tenham
constatado irregularidades.
A mim, particularmente, o que preocupa é o futuro em relação
ao leite e seus derivados. Se já faz um ano que a operação do MP começou, se várias
pessoas já foram presas, se muitos já assinaram termos de compromisso e a fraude
continua, o que garante que logo ali adiante não estaremos consumindo leite
adulterado?
Diante de tudo isso, sou obrigado a concordar que “não
adianta chorar sobre o leite derramado”, principalmente se grande quantidade
dele já tiver sido consumida.
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!
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