Somos iguais?
Postei nas redes sociais minha estranheza com uma placa que
está colocada em todos os estádios onde são disputados jogos do Brasileirão.
Nela está escrito: SOMOS IGUAIS.
Pois no meu comentário demonstrei minha dúvida sobre o que significa
afirmar que “somos iguais” no momento em que existem, por exemplo, cotas para
negros em universidades e concursos públicos, o que significa uma vantagem para
quem tem a pele escura sobre os que tem pela clara. Se a justificativa é de
que os negros são discriminados na sociedade, então não há como colocá-los
entre os iguais.
Como afirmar que “somos iguais” quando a presidente Dilma
decreta aumento de 10% para o Bolsa Família, uma medida extremamente populista,
num ano eleitoral, e reajusta os benefícios (?) dos aposentados em 6,7%? Será
que quem nunca trabalhou tem mais direito do que aqueles que trabalharam, e contribuíram
para a previdência, durante toda a vida?
É possível falar em “somos iguais” quando a Justiça,
abertamente, aplica tratamento diferente em crimes que envolvem pessoas ricas e
pessoas pobres? Será que o tratamento
dado aos mensaleiros, por excemplo, é o mesmo que é aplicado ao criminoso
pobre?
Podemos falar em “somos iguais” quando nos deparamos com salários
absurdos, verdadeiras fortunas, pagas a jogadores e treinadores de futebol,
quando o salário mínimo que o trabalhador brasileiro recebe é de R$ 724? E já
nem falo no que ganham os políticos nem no que a corrupção engorda contas bancárias
de muita gente. Nem no apadrinhamento que coloca em cargos públicos pessoas
que, ao final de quatro anos, aumentam sensivelmente seus patrimônios. Neste
caso, acho que alguns são mais iguais que outros.
Decididamente não consigo entender a frase SOMOS IGUAIS já que existem pessoas discriminadas. Se existem diferenças gritantes entre
classes e etnias, definitivamente NÃO SOMOS IGUAIS.
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário