sexta-feira, 2 de maio de 2014

Bom Dia!

1º de Maio na Paz (?)

O Dia do Trabalho foi celebrado ontem, em Canoas, com uma festa denominada 1º de Maio na Paz, e que contou com a presença do governador Tarso Genro e de seu futuro coordenador de campanha na Região Metropolitana, Jairo Jorge, prefeito da cidade.
Tarso passeou entre galpões de entidades sindicais, apertou a mão de todos e, inclusive, fez teste de bafômetro, mesmo sem estar dirigindo.
Mas o que mais me impressionou neste episódio é que exatamente no 1º de Maio na Paz, um jornalista, nosso colega na prefeitura de Porto Alegre, foi assassinado durante um assalto em Canoas. Lá mesmo onde o governador e o prefeito, casualmente ambos eleitos pelo PT, comemoravam a Paz, a violência se fez presente de uma forma cruel.
Enquanto isso, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff, também do PT, discursava falando de um Brasil que só ela conhece. Um Brasil que cresce, que se desenvolve sem violência, com investimentos vultuosos em saúde e segurança, com alto índice de escolaridade e muito mais. Um Brasil que só a presidente conhece e no qual eu, pelo menos, não vivo. Aqui, sou obrigado a conviver com a insegurança, com a total falta de assistência em saúde, com escolas e ensino sucateados e, o que é muito pior, com a notícia da liberação, pela presidente, de um reajuste de 10% no Bolsa Família. Exatamente assim. Quem nunca trabalhou, quem nunca vai trabalhar, mas que representa cerca de 30 milhões de votos, vai ganhar mais 10% todos os meses. Já quem, como milhões de brasileiros, trabalhou mais de 35 anos, teve que esperar chegar aos 65 anos de idade para se aposentar, recebeu 6,78% de aumento na sua Bolsa Miséria, que o governo insiste em chamar de benefício. Dilma mandou acrescentar 10% na Bolsa que lhe garante milhões de votos , enquanto que para os que podem não votar nela, decretou um aumento de 6,678%. Já nem falo no reajuste sobre o Imposto de Renda e que, ao final, vai prejudicar quem ganha menos, ou seja, os trabalhadores brasileiros.
E tudo isso acontecendo exatamente no Dia do Trabalhador, aquele que o coordenador da campanha de reeleição do governador chamou de 1º de Maio na Paz. Será mesmo que ele acredita em Paz com um jornalista sendo assassinado na cidade que ele governa e a presidente que ele apóia decretando um reajuste incrivelmente populista exatamente alguns meses antes da eleição? Eu não acredito!

Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!

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