O petróleo é nosso!
Os que são mais velhos, os da minha idade, por exemplo,
lembram da criação da Petrobras, em 1953, pelo presidente Getúlio Vargas.
Orgulhosos, repetíamos o lema “O petróleo é nosso” por todos os cantos do
Brasil. Foi a partir dali que a nossa empresa de petróleo começou a crescer e
acabou se transformando numa das maiores do mundo. A Petrobras virou gigante, tanto que nos últimos anos o governo chegou a anunciar nossa auto-suficiência
em petróleo. Se bem que seguimos pagando uma das gasolinas mais caras do mundo,
mas este é outro assunto.
Agora, 61 anos depois, assistimos entristecidos e
estarrecidos, a gigante se apequenando diante de uma crise sem precedentes e
que começou em 2006 quando, sem muito alarde, o conselho de administração da
empresa, comandado pela atual presidente da República, Dilma Rousseff,
autorizou a compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas.
Não preciso retomar os detalhes já que são bem conhecidos de
todos. Um escândalo, quem sabe um dos maiores da história do Brasil, que acabou
com uma totalmente descabida explicação da presidente Dilma. Para justificar
sua assinatura permitindo a compra, Dilma disse que foi induzida por um “relatório
falho”, como se isso isentasse de culpa quem tinha a obrigação de saber de
todos os detalhes antes de assinar a autorização. Se alguém duvida, reproduzo
trecho de matéria publicada na ZH de hoje (24), sobre o conselho administrativo
da Petrobras:
“O código de conduta dos conselheiros indica que uma de suas
principais funções é proteger – e valorizar – o patrimônio da empresa. Eles
recebem para isso. Na petroleira, cada um dos nove conselheiros ganha em média
R$ 9,5 mil por mês. Conforme o código de boas práticas do IBGC, o conselho deve
se assegurar de que a diretoria conhece os riscos aos quais a empresa está
exposta. Desde 2003, o Código Civil atribui aos conselheiros responsabilidade
legal por decisões que desrespeitem interesses e direitos de fornecedores,
funcionários, clientes e acionistas”.
Diante de tudo o que está sendo exposto, pela decadência
total da empresa, pela queda de prestígio no mundo econômico, fico profundamente
entristecido ao ver a Petrobras sangrando em praça pública graças à incompetência,
ou coisa pior, de governantes que jamais demonstraram preocupação em manter o
lema que defendemos orgulhosos a partir de 1953: O Petróleo é Nosso!
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!
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