Bom Dia!

Marginais, baderneiros e vândalos

Foto: Correio do Povo

Tenho, ou procuro ter, sempre, o máximo respeito pelas posições defendidas pelas pessoas, mesmo as que contrariam o que penso. É da democracia conviver com o contraditório. Nem tudo o que defendo é obrigatoriamente certo e nem tudo o que combato é necessariamente errado. Assim como acho que opositores erram, eles têm o direito de achar que estou errado, também. E isto acontece frequentemente.

A diferença está no modo como defender as posições que entendemos corretas. Quando tentamos impor nossas idéias, acabamos descambando para o perigoso caminho da força ou do “tudo é válido”. Quando não admitimos que outros podem estar certos, não aceitando nossos possíveis erros, estamos acabando com a liberdade de quem pensa diferentemente. E quando usamos a força para impedir que os pensamentos contrários sejam expostos, aí perdemos totalmente a razão.

Ontem, no Ginásio Tesourinha, acabei envolvido num episódio que comprova totalmente tudo o que existe de mais triste e lamentável quando, invocando direitos democráticos, manifestantes tentam impedir que a democracia seja exercida.

Um grupo de baderneiros, jovens em sua grande maioria, muitos com o rosto encoberto, armados de pau, pedras, baldes com lixo e rojões, entraram no Ginásio e acabaram com uma tentativa de audiência pública para discutir a licitação no transporte coletivo. Depredaram o ginásio, agrediram o policiamento, jogaram bombas contra a mesa que dirigia, ou tentava dirigir os trabalhos, acabando com toda e qualquer possibilidade de discussão. Depois de um tempo, quando já haviam alcançado seus objetivos, foram empurrados pelos brigadianos para fora do Tesourinha. E ficaram lá, chutando as portas e gritando palavras de ordem contra a ordem.

Quem vai para uma assembleia tentar discutir o transporte coletivo, jamais vai armado de pedras, pedaços de pau, bombas nem mascarado. Mais ou menos cem arruaceiros, não mais que isso, impedindo que se consumasse um ato que, se não fosse do agrado deles, poderia ser contestado, jamais impedido de acontecer por meio de uma baderna organizada e planejada. Ontem, no Ginásio Tesourinha, ficou demonstrado, claramente, que determinado tipo de pessoas não sabe conviver com a democracia reivindicada por elas.

Repito: quem se arma de pau, pedra e rojão para discutir, já perde a razão antes mesmo da discussão começar.

Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!