Acusado cita partidos
O auxiliar de limpeza Caio Silva de Souza, de 22 anos, preso pela morte
do cinegrafista Santiago Andrade, reafirmou em depoimento formal à polícia que
participou de protestos "de forma remunerada". Embora não acuse
formalmente ninguém, disse acreditar "que os partidos que levam bandeiras
(aos atos) são os mesmos que pagam os manifestantes" e citou PSOL, PSTU, a
Frente Independente Popular (FIP) e a ativista Elisa Quadros, a Sininho.
Sobre Sininho, Caio disse ter visto
"um papel onde a contabilidade do dinheiro distribuído era feita",
que "apareceu no Facebook". O papel a que se refere é uma planilha de
prestação de contas que relaciona Sininho a 11 pessoas, incluindo dois
vereadores, um delegado e um juiz.
A lista elenca doadores que
contribuíram para o "Mais Amor, Menos Capital", evento cultural
promovido em 23 de dezembro pelo grupo Ocupa Câmara, para o qual ela pediu
doações. Durante o ato não houve confronto nem vandalismo. A doação foi
totalmente legal.
Segundo a planilha, o grupo arrecadou
R$ 1.690 de 11 doadores, entre eles os vereadores do PSOL Renato Cinco, que
doou R$ 300, e Jefferson Moura, que doou R$ 400, além do delegado Orlando
Zaccone, que contribuiu com R$ 200. Um juiz identificado como Damaceno teria
doado R$ 100.
Em um dos convites, o Ocupa Câmara
anuncia que iria "comemorar o fim de ano com debates, apresentações
artísticas e solidariedade para os sem-teto e vítimas das enchentes". A
programação incluiu oficinas, debates e um ato ecumênico, além de shows
musicais.
Os vereadores e o delegado confirmam
as doações - no caso de Jefferson Moura, que estava em viagem, a iniciativa
partiu de funcionários de seu gabinete. Todos ressaltam, porém, que nunca
contribuíram para qualquer ato de grupos violentos, mas para um evento
pacífico, em que não houve qualquer ocorrência policial.(Agência Estado)
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