quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Morte do cinegrafista – 3

Caio assume ter acendido o rojão
Foto: TV Globo
O auxiliar de serviços gerais, Caio Silva de Souza, 22 anos, preso esta manhã em Feira de Santana, na Bahia, admitiu em entrevista a TV Globo, que acendeu o rojão que acabou matando o cinegrafista Santiago de Andrade da Band TV. Caio disse que não sabia que se tratava de um rojão e que imaginou que fosse um “cabeça de nego”,explosivo que só provoca fumaça e barulho.
Detido em um pequeno quarto de uma pousada na cidade baiana, Caio apresentava sinais de cansaço e, conforme a polícia, estava com muita fome depois de ter passado dois dias sem se alimentar.
Na entrevista á TV Globo, o acusado disse que, ao saber das imagens em que ele aparecia como o autor do lançamento do rojão, sentiu medo de ser morto.
- Eu fiquei com medo de ser morto.
Indagado sobe quem poderia matá-lo, Caio se limitou a dizer que temia “pessoas envolvidas nos protestos”.
Durante a entrevista, Caio admitiu que jovens são atraídos por terceiros a participarem de protestos e que “alguns são aliciados, sim”. Indagado sobre quem seriam os aliciadores, respondeu que “isso eu não sei. A polícia tem que investigar”. Para ele, políticos podem estar envolvidos.

Advogado diz que Caio recebia dinheiro

Foto: TV Globo
Jonas Tadeu Nunes, defensor de Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, envolvidos na morte do cinegrafista, disse que alguns manifestantes recebiam dinheiro de organizações para irem aos protestos e convocarem outros jovens. Ele incluiu Caio entre os aliciados pagos.
- Esses jovens são aliciados, recebem fomentos financeiros de organismos que organizam estes protestos com o objetivo de desarticular o governo, em vez de fazer uma oposição correta – afirmou.
Para o advogado, é preciso ir atrás das pessoas que aliciam estes jovens. “Eles desgraçaram a família de outros jovens e do Santiago”, disse o advogado, sem esclarecer quem seriam os responsáveis pelo suposto aliciamento.

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