sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Bom Dia!

O dono da bola!
No almoço de final de ano oferecido aos jornalistas no Palácio Piratini, o governador Tarso genro (PT) causou surpresa entre os profissionais ao fazer comentários que, inclusive, deixaram dúvidas sobre sua candidatura à reeleição. O mais surpreendente, ou não, é que as declarações foram feitas momentos antes da chegada da presidente Dilma em Porto Alegre.
Tarso disse que sua candidatura dependia, basicamente, de duas medidas por parte da presidente. Primeiro, ele exige que Dilma participe de um único palanque, ou seja, o seu. Quer evitar que a presidente colabore com as candidaturas de seus adversários do PDT e do PMDB.
A outra condição imposta por Tarso, é que o Senado aprove ao projeto de lei complementar de renegociação da dívida do Estado com a União. E foi taxativo: “Se o projeto não for aprovado antes das eleições, não sou candidato’, e justificou: “Não é porque vou ficar brabo, é porque o próximo governo não vai fazer mais do que fizemos até agora”. Ao concluir, o governador disse que “fechados esses dois fatores, vou entrar com a vontade de um trator político na campanha de 2014”.
A primeira reação às declarações de Tarso, partiram do deputado federal Eliseu Padilha, homem forte no esquema estratégico da campanha de Dilma em 2014. Eliseu disse que “em todo o Brasil, a recomendação de Lula é que deve ser priorizado o projeto nacional de poder, com raras exceções. No Rio Grande do Sul, onde vários partidos aliados terão candidatos, inclusive o PMDB, certamente a orientação será observada, com a presidente participando de forma igualitária de todos os palanques ou de nenhum, que é a minha posição pessoal, ainda não majoritária”.
Ouvindo, lendo e analisando as declarações do governador petista, fico com a impressão de que ele, como se diz no jogo de pôquer, está tentando “passar um cachorro”, jogando no colo da presidente a decisão sobre sua candidatura. Parece que, preocupado com a possibilidade de não ser reeleito, busca justificativas para não concorrer. Sabe, como sabem todos os petistas e demais integrantes da base aliada, que Dilma quer ser reeleita e que não pode depender apenas do PT para tal. Assim, dificilmente abrirá mão de apoios mesmo que de adversários de companheiros seus. Quanto ao projeto de renegociação da dívida, os interesses dos congressistas, muitas vezes, são mais fortes do que qualquer pedido do governo. Ou não.
Estou curioso para saber o que os jornalistas perguntarão para a presidente, hoje, e muito mais com suas respostas. Enquanto isso, sobre as declarações do governador, fiquei lembrando do guri, dono da bola, que só emprestava a mesma se fosse escalado para jogar.

Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia! 

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