Uma segunda-feira de sol e previsão de temperaturas
amenas, nos coloca no começo de uma semana que promete muito em termos de
noticiário. Sobre algumas destas noticias vou basear este meu comentário diário,
refletindo sobre o que cada uma contém.
Começo com o que está sendo discutido na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Lá, entre outros projetos, tramitam
duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs), uma que trata do fim do voto obrigatório e outra
que proíbe divulgação de pesquisas 15 dias antes das eleições.
Sobre a primeira, a do voto facultativo, tenho algumas
dúvidas, já que, lamentavelmente, considero a maioria do eleitorado brasileiro
um tanto quanto desinteressado pela política. Talvez a culpa seja dos próprios
políticos, mas acho que o voto facultativo liberaria aqueles que não querem
votar ou que não se interessam pelo voto, abrindo espaço para quem tem mais
poder sobre o eleitor. Em condições normais, o voto facultativo parece ser uma boa
alternativa para conscientizar o eleitor da necessidade de votar bem.
A segunda proposta, já faz muito tempo, tem todo o meu
apoio. Considero extremamente prejudicial a divulgação de pesquisas que são
feitas, inclusive, na véspera das eleições. Como se sabe que o número de
indecisos é muito grande, a divulgação de dados favorecendo este ou aquele
candidato, acaba induzindo a quem ainda não se decidiu a votar em quem as
pesquisas apontam como provável vencedor. A proibição de divulgação nos últimos
15 dias, poderá fazer com que as pessoas pensem melhor e não se deixem
influenciar por números que nem sempre refletem a realidade. Não podemos
esquecer que as pesquisas são pagas e podem defender o interesse de quem paga.
Um outro assunto, diz respeito ao Enem, cujas provas
foram realizadas neste final de semana. Em princípio, sou favorável a que se realizem
tais provas. O que me chama a atenção é a politização do conteúdo das provas e a
tentativa de indução dos participantes, através de textos politicamente
identificados.
Outra coisa é o custo que o Enem gera aos cofres públicos.
Como em tudo no Brasil, tem muita gente ganhando dinheiro, o que acaba sempre
refletindo no nosso bolso. Para se ter uma ideia, com a desistência de mais de
2 milhões de inscritos, o Enem provocou um prejuízo de R$ 103 milhões. Acho que
está na hora de providências que acabem com o viés político das provas e o
gasto excessivo com elas.
Sobre futebol, prefiro não falar, já que o RS inteiro
está de cabeça inchada. Prá começo de conversa, acho que era isso.
Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!
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